O dono da emissora ordenou a retirada de uma âncora do telejornal e promoveu mudanças no noticiário
Vivendo uma transformação editorial há 2 meses, o Jornal da Record se tornou a atração mais vista na emissora de Edir Macedo no último mês de maio, contudo, a mudança custou o emprego de alguns funcionários envolvidos no noticiário.
O que antes era motivo de punições e até demissão, hoje virou quase que um hábito comum no JR: Criticar o governo Bolsonaro.
Isso mesmo, por conta de sua proximidade com o presidente da república, Edir Macedo vetava qualquer comentário contra o governante e quem ousasse desrespeitar essa regra era severamente punido. Assim como aconteceu com Adriana Araújo, que foi afastada da bancada e realocada para o Repórter Record, até sua demissão em março.
NOVA ESTRATÉGIA
O principal fator para a mudança de tom no Jornal da Record, atualmente apresentado por Luiz Fara Monteiro e Christina Lemos foi uma disputa de interesses entre o dono da emissora e o Presidente da República.
Há dois meses, o JR e outros jornalísticos da emissora têm feito diversas reportagens sobre um escândalo religioso envolvendo a Igreja Universal em Angola. Na maioria das matérias, o contratados da emissora criticam a omissão do governo no assunto.
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A partir daí o ex-aliado, se tornou ‘persona non grata’ na Record e coincidentemente, as criticas ao governo trouxeram um aumento na audiência da emissora e mais liberdade para comentários opinativos dos jornalistas. Marcando o fim do apoio declarado a Bolsonaro.
DEBANDADA NA RECORD?
Contudo, a mudança editorial proposta por Edir Macedo ceifou alguns empregos dos colaboradores da emissora. Alguns produtores que já estavam há alguns anos na casa foram demitidos, sob a justificativa de corte de gastos e até apresentadores foram desligados, como Carla Cecato e Thalita Oliveira.
Esta última não foi oficialmente demitida, mas desapareceu misteriosamente das edições de sábado do Fala Brasil e se afastou para tratar de um problema de saúde.
De acordo com o site TV Pop, as mudanças do jornalismo serão ainda mais comuns, sem glamour e sem grandes salários, visto que a emissora quer cortar gastos e investir somente “onde é necessário”.
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