Eleições interferem nas incertezas fiscais do país, diz presidente do BC


Presidente do BC diz que incerteza fiscal tem a ver com eleições Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (08) que parte relevante da incerteza fiscal do país está ligada às eleições do próximo ano.

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Em um evento online, Campos Neto ressaltou que os números fiscais deste ano estão mais equilibrados do que o esperado antes da pandemia, mas que a eleição está trazendo efeitos negativos no mercado.

“Os participantes do mercado associam algumas mudanças estruturais, reformas estruturais, com a disposição de produzir um Bolsa Família melhor, um programa emergencial melhor com o processo eleitoral e isso cria um ruído”, disse Campos Neto.

Nas últimas semanas, o mercado tem se preocupado com a resolução da questão dos precatórios. Para 2022, o governo tem de pagar R$ 89,1 bilhões em decisões judiciais sem possibilidade de recurso.

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O governo tem tentado uma solução pelo Congresso, com a aprovação de uma PEC que permite o parcelamento desses pagamentos e outra pelo judiciário, onde o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceria um teto anual de pagamento, liberando espaço no Orçamento para uma mudança no Bolsa Família.

No entanto, a radicalização do presidente Jair Bolsonaro exposta nos eventos de 7 de setembro tem prejudicado o andamento de ambas as soluções.

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Campos Neto afirmou que para resolver esses ruídos, o ideal é “virar a página” e o governo deixar claro qual é o tipo de programa que vai fazer e como vai ser financiado.

“Acredito que uma vez que você supera isso, muito do ruído vai diminuir. Infelizmente, as notícias ultimamente apontam para a outra direção, para a direção que ainda temos muito debate sobre com isso será feito”, comentou o presidente do BC.

Campos Neto ainda disse que vê uma janela para aprovação de reformas por conta da vontade do Congresso. Como a reportagem mostrou nesta quarta, a radicalização dos movimentos do presidente Bolsonaro tem colocado em risco o avanço da agena econômica.

“As reformas são muito importantes, nós ainda temos muitas reformas que precisam ser feitas. Ainda temos uma janela e o Congresso tem sido bem focado no avanço nas reformas”.

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