Em crise, Globo demite centenas de funcionários, corta gastos e salários e recebe grave acusação: ‘Exploração’


A Globo está preparando uma série de cortes que poderá demitir milhares de funcionários (Reprodução)
Globo demissão
A Globo está preparando uma série de cortes que poderá demitir milhares de funcionários (Reprodução)

Após promover uma série de demissões por causa de um novo projeto, a Globo foi acusada pelo SinRadTv-RJ de exploração e soltou o verbo

O novo projeto da Globo de fundir todas as empresas de mídia do grupo em “Uma Só Globo” tem acarretado em uma série de demissões do canal – só nos últimos dias cerca de 300 pessoas foram dispensadas e, ao que tudo indica, muitas outras serão.

Para o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro (SinRadTv-RJ), a Globo estaria fazendo uso da nova lei trabalhista aprovada em 2017 durante o governo Michel Temer para promover demissões em massa e substituir o trabalho de carteira assinada (CLT) por serviços desregulamentados e terceirização.

Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato acusa o novo projeto da Globo de não ser apenas uma fusão das empresas do Grupo e diz que o que está “em jogo é uma fusão do corpo de funcionários, para explorar ao máximo o acúmulo e o desvio de funções não remunerados […] Desde os anos 1970, a Lei dos Radialistas garantia remuneração adicional para todas e todos os trabalhadores em rádio e TV que exercessem várias funções ao mesmo tempo para a empresa. Só o SinRadTv-RJ converteu milhões de reais em indenizações para os trabalhadores colocados como ‘faz tudo’ sem a remuneração correta. Isso não ocorria só na Globo, mas como a maior empresa do setor ela também teve a maior influência na desregulamentação trabalhista que pôs fim a esses direitos”, ressalta.

Os principais afetados até o momento pelas demissões na Globo são os que trabalham nos bastidores, tais como figurinistas, pessoal do transporte e produção.

O Sindicato diz ainda que “circulam pelos corredores e grupos de whatsapp inúmeras teorias sobre os motivos da Globo para implementar esse corte tão brusco. Seria um ato de desespero das retaliações de Bolsonaro e da fuga de anunciantes aliados a ele (como a Havan)? Longe disso. O projeto que a Globo aplica hoje é planejado há muito tempo”, diz.

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“A combinação de terceirização geral, reforma trabalhista de 2017 e Decreto 9329 de 2018 caiu como uma bomba no mercado de Rádio e TV. A exploração da multifunção foi liberada e as lutas judiciais dos trabalhadores prejudicadas profundamente. Quando as emissoras podem colocar um único funcionário para filmar, monitorar o som, apresentar e editar depois (sem pagar nada a mais por isso), o passo seguinte é demitir todos os outros”, afirma.

“Há poucas semanas a Globo São Paulo havia feito outra demissão em massa. Foram mais de 100 radialistas, sobretudo os operadores de câmera… A maior parte do contingente, contudo, está no Rio, onde os estúdios Globo no Rio ocupavam 80% dos postos de trabalho em rádio e TV do estado”, completa.

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