Um dos rockeiros mais emblemáticos do Brasil, João Gordo, voltou às origens com a antiga banda “Ratos do Porão” para fazer uma turnê comemorativa intitulada “Brasil 30 anos”. Para falar desse novo projeto ele concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo e além de citar as ideias das apresentações ele alfinetou o presidente Jair Bolsonaro.
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Ele começou falando de uma músicas marcantes da carreira que estarão no repertório: “Olha, temos aí “Amazônia nunca mais”, “Retrocesso”, “Farsa nacionalista”, “Máquina militar”, “SOS país falido”. São músicas que dão até medo de escutar, cara, porque retratam muito o que está acontecendo atualmente. “Amazônia nunca mais” fala do lance do desmatamento, o assassinato de protetores da natureza, de ativistas ou essa expulsão de índios das terras desmarcadas”. Ele ainda criticou a escolha dos brasileiros na última eleição. “É um retrocesso, né, cara? A volta do regime militar… Não que eu seja a Mãe Diná, mas como o Brasil não muda, né? Tá sempre cometendo os mesmos erros, o pessoal está sempre votando nos mesmos filhos da p***. Você vê como é cíclica a parada, cara“.
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Ele ainda garante que não gosta de músicos conservadores: “Não tem relacionamento, não. A gente não tem conversa com fascista, é paulada, tá ligado? Não troco ideia com fascista, não. Esses metaleiros fascistas vão tudo se arrepender. Como esses caras dizem ser satanistas, escutam black metal, falam que são fãs do capeta e tal, mas apoiam cristão fundamentalista? Os caras são loucos, velho, tá ligado?”.
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E pontuou: “A coisa mais fácil de acontecer é o Malafaia, esses filha da p*** cristão aí, proibir banda de black metal, de death metal de tocar aqui, cara. Porque falam do capeta, tá ligado? É muito ridículo isso tudo, cara. Antigamente, o metal era contra tudo isso. Agora tá do lado desses filhos da p****? Acho isso uma merda e sempre digo: com fascista não tem ideia, cara. Os caras não entendem, são burros, tapados. Acreditam em mentiras e são racistas. São tudo que não presta, então não tem ideia“.
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Em um trecho da entrevista ele garante que o Brasil não irá mudar com a nova gestão: “Não vou dizer que previ esse futuro bizarro que acabou virando o nosso presente. É que o Brasil não muda de jeito nenhum. Não importa se é Bolsonaro ou qualquer outro político no poder“.
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