Ontem escrevi sobre a pequena quantidade de lançamentos na TV. Como gosto de ler as opiniões dos leitores, fiquei atento aos comentários. Alguns descreveram exemplos de estreias ocorridas na Globo. Bons exemplos, mas que mantém o argumento da baixa quantidade de lançamentos.
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Nossa TV sempre foi mantida à base de empurrões. Um exemplo clássico foi ver a Globo partir para seriados, desenhos e filmes inéditos somente após a Manchete entrar nesse campo. Antes, acreditem, na “Sessão das Duas” víamos Tarzan, mas não o desenho da Disney, me refiro aqueles antigos em preto e branco. Tínhamos à disposição, por sorte, ótimos filmes nacionais da década de sessenta, porém, apesar de nos trazer o benefício de ver artistas excepcionais como Grande Otelo, e nisso a Globo foi impecável, eram opções antigas, baratas, econômicas. Estavam na tela, provavelmente, só por essas razões.
Atualmente continuam trabalhando dessa mesma forma: empurrados. Não é só o SBT que reage apenas quando a Record acorda, a Globo, também. Se os leitores pensam que essa meia dúzia de lançamentos é algo incrível, precisam conhecer as alterações de programação de outras épocas, principalmente após a vinda da rede da família Bloch. Começávamos março com grade atualizadíssima. Iam desde seriados nacionais, passavam pelos importados e desfilavam humorísticos e shows totalmente novos. Hoje, quando vejo esta pequena quantidade de estreias e tendo outra como referencial, sei que podem fazer bem mais e melhor.
Convém alertar as redes que a desculpa da crise não cola, visto que nosso país é uma eterna crise, nós, atentos, estamos notando dois pontos importantes por parte do público: estão aceitando conhecer o investimento de outras redes e, principalmente, temos outras formas de entretenimento à disposição e que se os bilhões ganhos por ano, não forem investidos para nos atrair, vamos baixar a média da TV aberta rapidamente.
De qualquer forma, cabe salientar que a opinião dos leitores é bem vinda e que as lemos com atenção, pois o importante é somar as informações. Afinal, por incrível que pareça, estamos em um país democrático.
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