O QUE ROLOU?!
Falência decretada e leilão: Fim de fábrica nº1 das bolsas e sapatos abala SC após 70 anos de história
15/04/2025 às 10h46

Após mais de 70 anos, uma fábrica nº 1 de couro tem fim devastador e deixa município de Santa Catarina sem chão
Em novembro de 2024, a Justiça de Santa Catarina autorizou o leilão dos bens de uma das maiores fábricas do setor de couros, a qual teve sua falência decretada ainda em maio de 2024, abalando o estado após quase 70 anos de história.
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Trata-se da Bonato Couros, uma das indústrias mais tradicionais do setor coureiro catarinense, sediada em Joaçaba, SC, onde a mesma fabricava a matéria prima para linhas de bolsas, sapatos e mais.
Inclusive, seu encerramento atingiu em cheio a economia local e empurrou milhares de famílias para um cenário de incertezas.
Diante disso e a partir de informações dos portais Istoé Dinheiro e NSC Total, a equipe especializada em economia do TV Foco destaca abaixo os detalhes da crise que a arrastou para o fim e os desdobramentos seguintes.

A construção de um império feito de couro
Lauro Bonato fundou a Bonato Couros em 1943 e, em pouco tempo, transformou o negócio em uma potência do setor:
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- A empresa ampliou suas operações e conquistou espaço no mercado internacional, exportando produtos para diversos países e impulsionando o nome de Joaçaba além das fronteiras nacionais.
- A Bonato Couros integrou o diversificado portfólio da família Bonato, conhecida por atuar em diferentes empreendimentos em Santa Catarina.
- Durante décadas, a indústria simbolizou solidez, geração de emprego e desenvolvimento regional.
Uma queda inevitável
Mas, a partir dos anos 2000, a Bonato Couros perdeu fôlego no mercado.
Mudanças no controle societário e investimentos malsucedidos abalaram a saúde financeira da empresa. Em 2016, os administradores recorreram ao pedido de recuperação judicial para evitar o colapso.
Durante sete anos, a empresa tentou reestruturar suas operações. As tentativas, no entanto, não reverteram o quadro crítico e, em maio de 2024, a Justiça decretou oficialmente a falência da indústria.
O impacto social:
Vale dizer que o encerramento das atividades da Bonato Couros provocou um efeito devastador para quem dependia da empresa em Joaçaba e nas cidades vizinhas.
Isso porque a indústria figurava entre os principais empregadores da região e sustentava direta e indiretamente milhares de lares, deixando assim um vazio econômico e social.
Leilão milionário tenta saldar dívidas
A Justiça organizou o leilão dos bens da Bonato Couros por meio da plataforma Positivo Leilões.
O valor total dos ativos soma cerca de R$ 73 milhões, distribuídos em 12 lotes, o que incluiu:
- O prédio-sede da empresa;
- Galpões industriais;
- Uma estação de tratamento de resíduos;
- Veículos;
- Equipamentos.

Além disso, as estruturas localizadas em Joaçaba, duas propriedades em Erval Velho e Blumenau também integram o leilão.
A arrecadação buscou reduzir o passivo da massa falida, estimado em R$ 63 milhões. Inclusive, ainda em novembro, cinco empresas já se inscreveram para disputar os lotes.
Quem ficou com os bens leiloados da Bonato Couros?
Até o momento, não se tem atualizações sobre quem conseguiu arrematar os bens deixados a leilão da fábrica.
Além disso, ao procurar declarações da empresa a respeito da sua falência, bem como o destino dos seus antigos funcionários, as mesmas não foram encontradas.
No entanto, o espaço segue em aberto, caso a mesma queira expor a sua versão dos fatos.
Inclusive, apesar de ainda estar como “ativa” no maps, ao entrar em contato com o número de telefone divulgado, o mesmo já consta como inexistente.

Além disso, o seu status na Econodata, um dos portais focados em dados empresariais, já consta como “falido”:

MAS ATENÇÃO! Apesar de existirem empresas com o nome Bonato e no mesmo segmento, as mesmas não possuem relação com a mencionada, uma vez que são CNPJs diferentes.
Conclusão:
O fim da Bonato Couros encerra uma das trajetórias industriais mais emblemáticas de Santa Catarina.
Após o colapso, a empresa colocou os seus ativos à venda em um leilão, no entanto ainda não se teve atualizações da venda ou não dos mesmos.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.