Desespero e portas fechadas: Colapso e falência de uma das padarias mais tradicionais do interior de São Paulo devastam 80 funcionários que ficam completamente sem chão
O colapso de uma das padarias mais emblemáticas do interior paulista foi marcado não só pela falência de um negócio tradicional, mas também por uma cena devastadora:
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80 funcionários demitidos de forma súbita, com alguns chorando diante de portas trancadas com um aviso colado.
Além disso, após décadas de sucesso e reconhecimento, a Padaria Sabina, em Sorocaba, encerrou suas atividades, deixando para trás:
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- Dívidas;
- Produtos apodrecidos nas prateleiras;
- Um prédio vandalizado simbolizando a ruína e abandono.
Diante do contexto, e baseada em informações divulgadas pelo G1, a equipe especializada em economia do TV Foco detalha toda a trajetória dessa padaria tão emblemática, desde sua fundação até o seu fim desolador e o que sobrou da sua memória.

Linha do tempo: Da glória à decadência
- 1986 – Fundação:
A Padaria Sabina inaugurou sua unidade no bairro Santa Rosália, em Sorocaba, com uma proposta clara:
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- Oferecer pães artesanais;
- Comercializar doces de fabricação própria;
- Trazer um atendimento acolhedor.
Em pouco tempo, ela conseguiu virar uma das maiores referências de qualidade na cidade.
- Anos 1990 e 2000 – Auge:
Durante mais de duas décadas, a Sabina ampliou seu espaço, diversificou o cardápio e conquistou um público fiel.
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Inclusive, ela se tornou um ponto de encontro diário de moradores da região e símbolo de tradição local.
- 2010 a 2017 – Sinais de desgaste:
Infelizmente, entre 2010 e 2017, uma série de relatos de atrasos em pagamentos começou a circular entre os funcionários.
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Mas, apesar disso, a padaria manteve uma aparência de normalidade, mesmo que internamente a crise financeira já pressionava e “gritava” nos corredores da administração.
- 2 de janeiro de 2018 – Fechamento inesperado:
Infelizmente, logo após o feriado de Ano Novo, os funcionários tiveram uma surpresa desoladora.
Isso porque encontraram as portas trancadas e um aviso seco e direto: a padaria havia encerrado suas atividades.
Em seguida, sem qualquer aviso, a empresa demitiu cerca de 80 pessoas, e muitos funcionários souberam da decisão ao chegar para o expediente.
Falência:
- 6 de janeiro de 2018 – Autofalência decretada:
Quatro dias após o fechamento, os proprietários convocaram os ex-funcionários e anunciaram a autofalência, iniciando formalmente o processo judicial.
Mais uma vez, a comoção entre os trabalhadores foi imediata: muitos não tinham para onde correr e sequer sabiam como proceder com as carteiras de trabalho.
- Janeiro a março de 2018 – Abandono e crise sanitária:
Posteriormente, já com o imóvel fechado, alguns alimentos perecíveis deixados nas prateleiras apodreceram e começaram a exalar um forte mau cheiro, chamando a atenção dos vizinhos ao redor.
Após semanas de inércia, os produtos estragados foram retirados e levados a um aterro sanitário.
Técnicos da área da saúde encontraram focos de infestação por roedores e o proprietário do imóvel foi notificado para providenciar a higienização — no entanto, ninguém foi localizado.
2019 – Invasões e vandalismo:
Com o prédio abandonado, invasores e moradores em situação de rua ocuparam o local:
- Restos de alimentos;
- Lixo espalhado;
- Mobiliário destruído;
- E até fezes humanas tomaram conta da padaria.
As portas foram lacradas com chapas metálicas para evitar novos acessos, mas o estado do imóvel era de completo colapso.
- 1 e 5 de setembro de 2020 – Leilão dos bens:
A Justiça leiloou os equipamentos, utensílios e móveis da massa falida em três lotes. Conforme determina a lei, destinou o valor arrecadado ao pagamento parcial dos credores.
Por fim, com o leilão, selou-se oficialmente o fim da Padaria Sabina como negócio.
Um choro angustiante
Conforme mencionamos acima, esse encerramento repentino atingiu em cheio a vida de dezenas de famílias.
Afinal de contas, funcionários que trabalhavam no local há décadas se surpreenderam com a notícia e enfrentaram, de imediato, uma onda de incertezas e angústias sobre o que viria a seguir.
O que gerou choro, indignação e desespero:
“Cheguei para trabalhar às 6h da manhã, como sempre. Estava tudo fechado. Pensei que era pane elétrica. Aí vi o papel na porta. Meu chão desapareceu” – Contou uma ex-funcionária do setor de panificação.
“Meu marido e eu trabalhávamos juntos na Sabina. Com dois filhos pequenos em casa, ficamos completamente sem renda. Até hoje não recebemos tudo o que nos é devido” – Disse outra atendente que na época não quis ser identificada.
Muitos buscaram apoio sindical, mas enfrentaram um processo judicial lento, agravado pela ausência dos proprietários nas audiências e pela dificuldade de acesso aos bens da empresa.
Não foram encontradas notas públicas ou esclarecimentos por parte dos donos quanto à situação.
No entanto, o espaço segue em aberto.
O que restou da Padaria Sabina?
Após o leilão, restou apenas o esqueleto de um imóvel deteriorado. Até hoje, não há movimentações visíveis de compra, reforma ou nova destinação para o prédio.
A estrutura, mesmo lacrada, ainda atrai olhares de ex-clientes e moradores que se perguntam como um negócio tão sólido chegou a esse ponto.
A marca Sabina, que já simbolizou excelência, desapareceu sem deixar rastros comerciais. Até o momento, não há novas atualizações sobre a situação do edifício.
Conclusão:
O colapso da Padaria Sabina é um retrato duro da fragilidade de negócios familiares quando não há planejamento de sucessão, gestão profissional ou transparência.
O impacto humano dessa falência — simbolizado pelas lágrimas de funcionários diante de um aviso na porta — gerou indignação da maioria.
E, infelizmente, o que antes foi sinônimo de qualidade e afeto virou ruínas. Mas, para mais informações sobre casos de falências e situações de crise, acesse aqui*.