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Venda de operações por R$6 em país, fim de produção vital e substituto em SP: 3 viradas atingem a Heineken

24/01/2025 às 15h20

Por: Lennita Lee
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Heineken passa por 3 viradas chocantes, incluindo venda de operações em país e + (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva)

Heineken passou por reviravoltas globais, que foram desde a venda de suas operações na Rússia à processos de restruturação de negócios no Brasil

A Heineken é uma das marcas de cerveja mais apreciadas em todo o mundo, reconhecida por sua qualidade, sabor inconfundível e presença global.

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Com mais de 150 anos de história, a empresa holandesa consolidou sua posição como uma das maiores do setor, oferecendo uma vasta gama de produtos e investindo constantemente em inovação e sustentabilidade.

Porém, até mesmo empresas consolidadas como ela não estão imunes a desafios e grandes viradas no mercado, como demonstram os recentes acontecimentos que impactaram a Heineken em diferentes regiões do mundo.

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Diante disso, a equipe do TV Foco, baseada em informações do G1 e O Globo, traz mais detalhes de cada uma dessas viradas, incluindo:

  1. Venda das operações na Rússia;
  2. Substituição de operações em São Paulo;
  3. Fim da produção em Manaus;

MAS ATENÇÃO! Antes de prosseguirmos com a matéria, é bom deixar claro que todas essas viradas não ocorreram por conta de crises ou problemas financeiros, e sim por questão de reestruturação nos negócios.

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Heineken (Foto: Reprodução, Internet)

1. Tchau Rússia: A venda das operações por 1 euro

Em agosto de 2023, após 18 meses de negociações, a Heineken decidiu encerrar suas atividades na Rússia, vendendo suas operações para o Grupo Arnest por apenas 1 euro, o que equivale a R$6 por aqui.

A decisão levou ao fechamento de 7 fábricas e resultou na demissão de aproximadamente 1.800 funcionários.

Motivo do adeus:

A decisão da Heineken de vender suas operações na Rússia foi motivada por uma combinação de fatores econômicos, políticos e éticos, que tornaram inviável a continuidade dos negócios no país:

  • A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em fevereiro de 2022, foi o estopim para que a empresa tomasse uma posição firme.
  • Em março do mesmo ano, a Heineken anunciou sua intenção de deixar o mercado russo, declarando estar “chocada e profundamente triste” com a situação.
  • A empresa afirmou que operar no país não era mais compatível com seus valores corporativos, levando-a a suspender imediatamente novos investimentos e a produção da marca Heineken na Rússia.
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Fábrica da empresa na Rússia (Foto: Divulgação/Heineken)

Outras questões:

Outro fator determinante foi a persistência das políticas do governo russo em relação às empresas estrangeiras:

  • Em julho de 2023, as autoridades russas já haviam nacionalizado ativos de outras gigantes multinacionais, como Danone e Carlsberg, criando um ambiente hostil para corporações ocidentais.
  • O risco de expropriação forçada acelerou o plano da Heineken de abandonar o mercado.
  • No entanto, a complexidade regulatória e os desafios burocráticos prolongaram o processo de saída por 18 meses, até que, em agosto de 2023, a empresa finalmente concretizou a venda de suas operações.

O que incluiu a venda?

Conforme dito acima, a venda foi simbólica, concretizada pelo valor mínimo de 1 euro, e incluiu:

  • Sete fábricas.
  • Os 1.800 funcionários, até então demitidos.

De acordo com o portal O Globo, todos foram transferidos para o novo proprietário.

Para quem não sabe, o Grupo Arnest é uma empresa russa do setor de cosméticos.

Grupo Arnest é uma empresa voltada para cosméticos (Foto Reprodução/Internet)
Grupo Arnest é uma empresa voltada para cosméticos (Foto Reprodução/Internet)

A transação rendeu uma perda contábil de cerca de 300 milhões de euros para a Heineken, mas garantiu que a empresa cumprisse seu compromisso em ter uma saída responsável do mercado russo

MAS ATENÇÃO! A venda não incluiu as principais marcas da Heineken, como Heineken e Amstel, que não foram licenciadas para o novo operador.

Apenas algumas marcas regionais menores receberam um contrato de licenciamento válido por três anos, o que garantiu a continuidade das operações locais. As marcas foram:

  • Gösser;
  • Edelweiss ;
  • Krusovice

O Grupo Arnest ainda obteve um empréstimo de 100 milhões de euros vinculado às operações russas, um fator que destacou o caráter simbólico da venda e as dificuldades enfrentadas pela empresa ao tentar se desvencilhar do país.

Declarações da Heineken:

Dolf van den Brink, CEO global da Heineken, apresentou os desafios enfrentados no processo de saída e declarou:

“Agora completamos nossa saída da Rússia. Os acontecimentos recentes mostram os desafios importantes que as grandes indústrias enfrentam para deixar o país. Ainda que tenha levado muito mais tempo do que o esperado, essa transação garante o sustento dos nossos funcionários e nos permite sair da melhor forma”

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2. Substituição da unidade em São Paulo:

Já em março de 2022, a Heineken anunciou a transferência da produção de concentrados para refrigerantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) para a cidade de Itu, no interior de São Paulo.

A mudança visou otimizar a produção e aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos, além de reduzir a emissão de carbono. No entanto, tal decisão causou a redução de 18 postos de trabalho.

  • Declaração da empresa: “Com a realocação, a empresa conseguirá otimizar a produção, aumentar a eficiência de toda a cadeia envolvida nesse processo e acelerar a chegada dos produtos aos pontos de venda.” – Declarou em nota oficial.
Heineken anunciou transferência da produção de Manaus para a unidade de Itu, em São Paulo (Foto Reprodução/Heineken)
Heineken anunciou transferência da produção de Manaus para a unidade de Itu, em São Paulo (Foto Reprodução/Heineken)

3. Por que a Heineken cravou o fim da produção em Manaus?:

O encerramento da unidade em Manaus ocorreu em meio à polêmica redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), que afetou a competitividade da Zona Franca de Manaus.

Apesar disso, a Heineken afirmou que a mudança já estava planejada há tempos.

Principais pontos:

  • O governo federal reduziu o IPI em 25%
  • Organizações locais protestaram contra a decisão
  • No entanto, a Heineken negou que a redução do IPI tenha influenciado na mudança

No entanto a decisão causou um certo choque na região Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas disse:

“Ninguém toma uma medida como essa em uma semana. Eu entendo que já era planejado pela indústria mudar, mesmo porque bebida alcoólica não tem incentivos aqui.”

Conclusão:

A Heineken, apesar de sua posição de destaque no mercado global, enfrentou desafios significativos que resultaram na reestruturação de suas operações em diferentes regiões.

Enquanto a saída da Rússia foi motivada por pressões políticas e econômicas, as mudanças no Brasil refletem estratégias de eficientização e sustentabilidade.

Porém, a empresa segue focada na expansão de seus produtos e na manutenção de sua liderança no setor cervejeiro global.

Mas, para saber mais informações sobre outras marcas e serviços, clique aqui*.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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