VEJA!

Fim dos shoppings: Estudo confirma o que está acontecendo e verdade reveladora

13/05/2025 às 20h30

Imagem PreCarregada
Fim dos shoppings: Estudo confirma o que está acontecendo (Foto: Montagem/TV Foco)

Estudo revela o que está acontecendo com os shoppings e o futuro do varejo físico. Entenda essa verdade surpreendente

O cenário econômico de 2025 desenha transformações significativas nos hábitos de consumo e, por conseguinte, no panorama do varejo. Indicadores recentes apontam para uma reconfiguração que desafia modelos tradicionais de comércio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Observa-se uma dinâmica complexa, onde fatores como pressões inflacionárias e o comportamento do mercado de trabalho influenciam diretamente as decisões de compra da população. Essa conjuntura merece uma análise detalhada para compreender suas implicações futuras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A partir de informações divulgadas pelo portal “InfoMoney”, a equipe do TV Foco, especializada em economia e varejo, traz agora mais detalhes sobre o assunto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Panorama do varejo em 2025

O mercado varejista brasileiro registrou um novo resultado negativo no último mês. Houve uma retração de 1,6% em comparação com fevereiro, conforme aponta o Índice do Varejo Stone (IVS). Ademais, em relação ao mesmo período do ano anterior, a diminuição alcançou 1,8%.

Essa tendência reflete um ambiente de cautela por parte dos consumidores. Diversos fatores contribuem para essa conjuntura, impactando diretamente o volume de vendas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O impacto da inflação e do endividamento

Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, salienta que o mercado formal surpreendeu positivamente. Ele aponta a criação de quase 200 mil vagas, segundo dados do Caged.

Entretanto, esse cenário mantém a pressão sobre a inflação, enquanto as famílias se encontram mais endividadas. Calvelli comentou que esse aperto no orçamento, somado à inflação, tem pesado no consumo e, portanto, ajuda a explicar a desaceleração do varejo nos últimos quatro meses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Supermercado (Foto: Reprodução)
Supermercado (Foto: Reprodução)

Digital versus físico: uma análise comparativa

A queda geral foi predominantemente impulsionada pelo comércio digital. Este segmento registrou uma expressiva queda mensal de 12,9%. Por outro lado, o varejo físico apresentou uma baixa mais contida, de 0,1%.

No comparativo anual, o comércio digital também demonstrou uma retração mais acentuada, de 13,1%. O varejo físico, por sua vez, seguiu uma linha similar de declínio, com uma queda de 2,8%, indicando desafios para diferentes modalidades de comércio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desempenho setorial em foco

Na análise mensal, sete dos oito segmentos monitorados registraram queda em março. As diminuições ocorreram nos setores de Material de Construção (-5,5%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,4%). Igualmente, Móveis e Eletrodomésticos (-2,7%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-2%) sofreram perdas.

Artigos Farmacêuticos (-1,9%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes (-0,1%) também recuaram. A única alta partiu do setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,2%).

No comparativo anual, o segmento de Material de Construção obteve o melhor desempenho, com um crescimento de 3,2%. Logo após, Combustíveis e Lubrificantes cresceram 2,3%.

Os demais setores, contudo, registraram queda, como Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-13,6%) e Móveis e Eletrodomésticos (-8,8%). Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,9%), Artigos Farmacêuticos (-3,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-3,2%).

Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,3%) também apresentaram retração, afetando inclusive o setor de alimentação.

Shopping fechado - Foto: Canva
Shopping fechado – Foto: Canva

O declínio da experiência tradicional de compras

A percepção de que o shopping center se tornou um passeio menos atraente para as novas gerações ganha força. Muitos negócios, todavia, podem não ter se dado conta dessa mudança comportamental.

A Geração Z, por exemplo, demonstra pouca inclinação para o tradicional “dar uma volta” em centros comerciais. Esses jovens priorizam a praticidade de clicar, comparar e receber produtos em casa.

Enquanto isso, algumas marcas continuam investindo pesadamente em vitrines físicas, para comercializar itens que o ambiente online entrega de forma mais rápida e, frequentemente, mais barata.

Observa-se, assim, cinemas com bilheteria em queda, lojas progressivamente mais vazias e o custo do aluguel em patamares elevados, desafiando a sustentabilidade de diversos empreendimentos. O que antes era um epicentro de consumo, transforma-se gradualmente em um cenário de nostalgia.

Flamboyant Shopping
Valor dos aluguéis nos shoppings estaria causando fechamento de lojas desde a pandemia (Foto: Divulgação)

Por que os shoppings estão perdendo os jovens e o que fazer?

Os shoppings estão perdendo o público jovem primordialmente devido à mudança de hábitos e à conveniência do digital. A Geração Z valoriza a agilidade, a personalização e a facilidade de acesso que as plataformas online oferecem, tornando a experiência de compra em shoppings menos atrativa.

Para não afundarem junto, pequenos negócios inseridos nesses espaços, ou dependentes desse fluxo, precisam urgentemente repensar suas estratégias. Adaptar-se ao digital, oferecer experiências únicas ou encontrar nichos específicos são caminhos possíveis.

Ainda há tempo para reverter parte desse quadro, mas a adaptação é crucial. É fundamental entender as novas demandas para sobreviver à transformação. As principais dificuldades incluem:

  • Mudança no comportamento do consumidor, especialmente da Geração Z.
  • Ascensão e consolidação do comércio eletrônico.
  • Pressões inflacionárias e o endividamento das famílias.
  • Custos operacionais elevados em espaços físicos tradicionais.

Considerações finais

O estudo sobre o comportamento do varejo e a percepção sobre os shoppings em 2025 revela uma profunda transformação em curso.

A adaptação e a inovação surgem, portanto, como elementos indispensáveis para a sobrevivência e o sucesso dos negócios. Ignorar essas mudanças significa, inevitavelmente, enfrentar dificuldades crescentes no mercado atual.

consumo
e-commerce
mercado
Shoppings

Autor(a):

Por dentro dos assuntos sobre televisão desde 2008. A partir de 2012, passou a colaborar para o TV Foco com responsabilidade e credibilidade aos leitores.

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.