Saiba quais foram as principais mudanças e decisões que impactaram a vida dos cariocas que dependem do transporte público, principalmente do metrô
O metrô, mais do que um meio de transporte, é uma extensão do dia a dia do carioca. Conectando bairros distantes, ele encurta caminhos, desafia o trânsito caótico e promove encontros em sua rotina subterrânea.
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Só na capital fluminense, onde as paisagens e a mobilidade urbana nem sempre se alinham, o metrô se torna uma ponte essencial para que trabalhadores, estudantes e turistas possam se deslocar com previsibilidade.
Contudo, algumas mudanças no sistema geraram impacto nessa rotina, incluindo um novo sistema de bilhetagem que pode afetar a modalidade e uma decisão de encerramento em um dos serviços mais usados e populares.
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Sendo assim, a equipe especializada em transportes do TV Foco, baseada em informações divulgadas pelo G1 e pelo Globo, traz mais detalhes sobre as mudanças que impactaram o metrô do Rio de Janeiro e os cariocas em 2024.
1- Substituto do Rio Card:
Eduardo Paes, recentemente reeleito para a Prefeitura do Rio de Janeiro, trabalha para finalizar a implementação do novo sistema de bilhetagem do transporte público, o qual irá selar o fim do RioCard.
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O substituto em questão é o “Jaé“, que, por decreto de Eduardo Paes, irá se tornar o único aceito nos transportes municipais a partir de fevereiro de 2025.
Tal substituição deverá atingir todos os modais geridos pela prefeitura, como:
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- Ônibus;
- BRTs;
- VLTs;
- Vans;
- Kombis.
Porém, quem fizer traslados intermunicipais ou utilizar o transporte público das duas redes, municipal e estadual, deverá ter os dois cartões — tanto o Jaé quanto o RioCard.
Isso porque o metrô e o trem ainda não aceitam a nova bilhetagem carioca.
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Principais mudanças:
Aliás, conforme exposto por Zeca Vianna, CEO do Jaé, é recomendado que as empresas passem a adquirir o Jaé.
Vale dizer que, desde o dia 1º de novembro de 2024, a convocação foi acionada:
- O processo é totalmente on-line, rápido e gratuito e pode ser feito pelo site do Jaé.
- Ao contrário do RioCard, o usuário pode utilizar o Jaé imediatamente, sem aguardar o cartão físico.
- Para isso, basta criar uma conta no aplicativo e gerar um QR Code para fazer o pagamento das passagens.
Além disso, o novo sistema também elimina a necessidade de desvincular o comprador anterior ou validar recargas.
Assim que a empresa disponibiliza o crédito, os funcionários podem utilizá-lo instantaneamente, sem burocracia.
Principais perguntas e respostas sobre o Jaé:
Veja abaixo as principais perguntas e respostas sobre o novo sistema e se mantenha ainda mais informado:
- Preciso de um cartão físico do Jaé? Não, é possível usar o Jaé no celular via QR Code.
- Onde comprar o Jaé? O Jaé está à venda em várias estações do BRT e em postos de autoatendimento, além de estar disponível para compra pelo aplicativo.
- Posso usar o Jaé no celular? Sim, há aplicativos disponíveis para Android e iOS que permitem realizar pagamentos, verificar saldo, fazer recargas e bloquear o cartão.
- Como colocar créditos no Jaé? Você adquire créditos pelo aplicativo, utilizando opções de pagamento como crédito, débito, Pix e boleto bancário.
- Existe um prazo de validade para o saldo? Não, o saldo no Jaé não expira.
- A integração vai acabar? A integração permanece, mas você precisará usar os dois cartões para as integrações entre os sistemas municipais e estaduais.
- Posso migrar o saldo do RioCard para o Jaé? Não, os dois sistemas são independentes e não permitem transferência de saldo.
- A gratuidade vai acabar? Não, as gratuidades para idosos, pessoas com deficiência, estudantes da rede pública e outros grupos continuam garantidas.
Como fica a integração com o Jaé?
Veja abaixo como ficará a integração a partir de novembro e fevereiro:
A partir de novembro:
- Ônibus comum do Município do Rio + BRT: R$ 4,30 (do Bilhete Único Carioca) direto no Jaé ou no RioCard.
- Trem da Supervia + Ônibus comum do Município do Rio + BRT: R$ 8,55 (do Bilhete Único Intermunicipal) só no RioCard.
- Metrô + BRT: R$ 8,55 (do Bilhete Único Intermunicipal) só no RioCard.
A partir de fevereiro de 2025:
- Ônibus comum do Município do Rio + BRT: R$ 4,30 só no Jaé. A partir daí, o RioCard não vai funcionar.
- Trem da Supervia + Ônibus comum do Município do Rio: R$ 8,55 (do Bilhete Único Intermunicipal) no RioCard + Jaé (os dois cartões têm que ser apresentados no validador).
Mas como o Jaé impacta o metrô do Rio de Janeiro se ele não é aceito na modalidade?
Embora o Jaé seja destinado apenas aos transportes municipais, trens, metrôs e barcas não farão parte desse sistema, essa decisão impactou a vida dos cariocas que fazem uso do metrô da mesma forma.
Afinal de contas, ao precisar de outros modais, a necessidade de ter o cartão extra se faz presente.
Ou seja, se antes tudo se resolvia com o Rio Card, agora será necessário possuir o Jaé consigo para evitar problemas ao passar de uma modalidade a outra.
Fim de serviço no Metrô
Por fim, no dia 26 de julho de 2024, a prefeitura decidiu excluir o Metrô na Superfície e substituí-lo por seis linhas de ônibus convencionais.
As novas linhas que assumirão a conexão são:
- 309 (Alvorada—Central)
- 538 (Rocinha—Leme)
- 539 (Rocinha—Leme)
- 548/Integrada 3 (Metrô de Botafogo—Alvorada)
- 583 (Cosme Velho—Leblon)
- 584 (Cosme Velho—Leblon)
A SMTR e o MetrôRio decidiram fazer essa mudança para oferecer mais opções de transporte, especialmente nos horários de maior demanda.
O número de ônibus disponíveis será cinco vezes maior do que o número de veículos que operavam no serviço do MNS.
Como ficou o valor da integração?
Apesar da mudança, o valor da integração permaneceu em R$ 7,50, mas com algumas condições:
- Cartão aceito: Somente os usuários do RioCard Mais podem utilizar a integração. O cartão Giro não é mais aceito.
- Intervalo de integração: O passageiro terá até duas horas entre o uso do primeiro modal e o segundo para garantir o benefício.
- Pagamento diferenciado: Ao embarcar primeiro no ônibus, será cobrada a tarifa de R$ 4,30, e, no metrô, o restante, R$ 3,20. Se o passageiro começar pelo metrô, o valor total será descontado de imediato.
Quais foram os impactos gerados pelo fim do Metrô na Superfície do Rio de Janeiro?
Desde 2002, o Metrô na Superfície foi uma alternativa estratégica para a mobilidade na Zona Sul do Rio. Contudo, críticas surgiram quanto à sua eficiência e à lotação em horários de pico.
A decisão de encerrar o serviço dividiu opiniões: enquanto alguns passageiros reconheceram o potencial de melhora com mais ônibus em circulação, outros temiam pelos transtornos no processo de adaptação às novas linhas.
No entanto, a concessionária MetrôRio informou que sinalizações e orientadores estariam disponíveis nos pontos de ônibus e nas estações para auxiliar os usuários durante o período de transição.
Mas, para saber mais sobre os sistemas de bilhete único em demais localidades, clique aqui.*
Considerações finais:
O novo sistema de bilhetagem “Jaé” substituirá o RioCard no transporte público municipal do Rio de Janeiro a partir de fevereiro de 2025, impactando a rotina dos cariocas que utilizam diversos modais.
Adicionalmente, o fim do serviço de Metrô na Superfície e sua substituição por linhas de ônibus também gerou mudanças na mobilidade urbana da cidade, com opiniões divergentes sobre a nova configuração.