Flordelis foi avisada com antecedência sob ação de busca e apreensão da polícia no âmbito das investigações sobre a morte do pastor Anderson
Apontada como uma das principais suspeitas de envolvimento no crime que tirou a vida do pastor Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis, do PSD do Rio de Janeiro, foi avisada com antecedência por seu advogado que os policiais fariam uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados à missionária evangélica.
De acordo com informações do site do jornal Extra, a realização de buscas foi feita pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, onde Flordelis e o pastor Anderson moravam – o evangélico foi executado a tiros na frente de sua residência. Até o momento, duas pessoas estão presas por suspeita de envolvimento no caso, sendo ambos filhos do missionário e da deputada.
Ainda conforme o Extra, Flordelis foi avisada antecipadamente por seu advogado Fabiano Migueis sobre a ação dos investigações. A mensagem foi encontrada pelos policiais no celular da parlamentar. O advogado enviou o aviso às 23h18 do dia 16 de setembro. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridas na manhã seguinte. “Deputada, tive a informação de que haverá busca e apreensão no seu apartamento funcional, gabinete do Rio e em Brasília. Não sei a data”, disse Fabiano, alertando a evangélica.
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Naquela ocasião, os investigadores apreenderam os celulares de Flordelis e de uma de suas netas, Lorrane. Também, foi retido o aparelho telefônico de Rayane, outra neta da parlamentar, que mora com o marido no apartamento funcional da deputada. Ainda, um computador que era do pastor Anderson foi apreendido.
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Ainda segundo o Extra, os investigadores da Delegacia de Homicídios e o Ministério Público do Rio encontraram indícios de que a deputada fez parte de um “esquema de fraude de provas” relativas à morte do pastor Anderson. Dados extraídos dos celulares de Flordelis e das netas colocam sob suspeita uma carta escrita por Lucas Cezar dos Santos, filho da deputada e Anderson, preso por suposta participação no crime.
Na carta, Lucas admite que participou do assassinato do pastor Anderson; anteriormente, no entanto, ele negava qualquer envolvimento. Além disso, ele acusava seu irmão, o vereador Misael, de envolvimento no crime – o nome de Misael surgiu como possível cabeça do crime após acusação de Flordelis. Já o vereador, por sua vez, diz que sua própria mãe foi a mentora intelectual do assassinato do pastor.
Segundo o promotor Sérgio Luís Lopes Pereira, as apreensões dos telefones celulares evidenciaram uma farsa envolvendo Flordelis que, em entrevista à Globo, disse ter recebido a carta enviada por Lucas através da mulher de um preso. Contudo, a polícia descobriu que a parlamentar se comunicava com a mulher do detento, identificada como Andreia Santos Maia, e mostrou que, em uma das conversas via WhatsApp, a missionária evangélica enviou o comprovante de um depósito de R$ 2 mil feito no dia 16 de setembro em nome de Flordelis para Jailton Reis Dantas, homem identificado pelos investigadores como um dos cadastrados do preso marido da mulher que entregou a suposta carta de Lucas à deputada. Em um trecho da conversa, a mulher diz a Flordelis que “pagaram o Lucas”.
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