“Foco na TV”: erros e acertos de 2014


(Foto: Divulgação)
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2014 está chegando ao fim, e tem tudo para ser um dos anos mais marcantes da TV brasileira, só que de forma negativa. Este ano foi marcado por dezenas de fracassos e quedas históricas de audiência, que há muito tempo não se via, ou melhor, nunca se viu. Isso tem uma explicação até um pouco óbvia: a falta de criatividade das emissoras. Aproveitando o gancho, começaremos a fazer uma análise justamente do que foi negativo na TV em 2014.

Foi mal

"Geração Brasil". (Foto: Divulgação)
“Geração Brasil”. (Foto: Divulgação)

As novelas da Globo foram, sem dúvida nenhuma, uma das principais, senão a principal decepção da TV brasileira no ano. Os erros da emissora carioca na sua dramaturgia, já vinham sendo notados há um bom tempo. 2014 foi, talvez, o ápice da perda de paciência do público com as tramas. Vários erros puderam ser percebidos, o principal deles, o exagero em inovações e as famosas “barrigas”, que estão em praticamente todas as novelas, mas que também extrapolaram o limite este ano. Para 2015, Silvio de Abreu, o novo “mandachuva” da dramaturgia da Globo, promete voltar com as tramas clássicas, que sempre fizeram sucesso, e acabar com a tal “barriga”. Vamos aguardar para ver se a promessa será cumprida.

A Globo deveria tirar um pouco o foco de produções “hollywoodianas” e dar mais atenção ao conteúdo, afinal, a maioria do público dá importância a isso, e não liga muito para efeitos de produção. Isso vale para todas as emissoras, que acreditam que a solução para a baixa audiência, é o capricho na produção, deixando o conteúdo de lado.

"Tá na Tela". (Foto: Divulgação)
“Tá na Tela”. (Foto: Divulgação)

Outra decepção, que inclusive, já abordei aqui em outra edição da coluna, foi o “Tá na Tela” com Luiz Bacci. O “Menino de Ouro” trocou a Record pela Band, em um aparente “negócio da China”, e o público criou uma grande expectativa em torno do novo programa do apresentador. Muita gente passou a acreditar que ganharia uma boa opção de programa de entretenimento nas tardes da TV. No entanto, a atração usou e abusou do sensacionalismo, e transformou-se praticamente em um programa policial às 15h30, que muitos críticos apelidaram de “Brasil Urgente – 1º edição”, já que a atração antecede o “Brasil Urgente”, comandado por Datena.

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Certamente pelo sensacionalismo exagerado e o estilo que o programa tornou-se, a atração rendeu a baixo do esperado na audiência, e já tem seu fim decretado, passando apenas quatro meses no ar.

"Arena SBT". (Foto: Divulgação)
“Arena SBT”. (Foto: Divulgação)

Outro que também decepcionou e muito, foi o “Arena SBT”. Para tentar “lucrar” em cima da Copa, a emissora de Silvio Santos decidiu apostar em um programa esportivo, que convenhamos, de esportivo não tinha quase nada. Sem muita experiência na área, o canal acabou deixando a atração totalmente “perdida”, e não conseguiu traçar o seu perfil.

Colocado em um horário totalmente desapropriado, e em pleno sábado, dia da semana em que geralmente o número de TV’s ligadas é menor que o normal, era questão de tempo para que o título de fiasco surgisse e o seu fim fosse decretado.

"A Fazenda 7". (Foto: Divulgação)
“A Fazenda 7”. (Foto: Divulgação)

A “Fazenda” não fica para trás na lista de decepções em 2014. A Record exibiu este ano, a sétima temporada do reality, que chegou ao fim, com o título de pior edição.

O fato é que a atração já demonstrava um certo desgaste, e o elenco escolhido, onde antes da estreia, Britto Junior prometeu ser o “mais polêmico de todos”, decepcionou. Sem grandes emoções e polêmicas, e com muita monotonia, a atração chegou ao final da temporada em baixa, com péssimos índices e recordes negativos. Para fechar com “chave de ouro”, o resultado final foi polêmico, já que o vencedor, DH Silveira, passou longe de ser escolhido por unanimidade pelo público. Como levou o prêmio sem passar por nenhuma Roça, somado ao seu comportamento dentro do jogo, muita gente considerou a vitória injusta.

Foi Bem

"Dupla Identidade. (Foto: Divulgação)
“Dupla Identidade. (Foto: Divulgação)

Em 2014 também tiveram alguns acertos, poucos é verdade, mas que com certeza, servirão de legado. A principal delas, sem dúvida nenhuma, foi “Dupla Identidade”. A primeira temporada da série escrita por Glória Perez, teve uma audiência razoável, no entanto, sua qualidade surpreendeu positivamente. A atração foge dos gêneros já existentes aqui no Brasil, mas com uma trama bem armada, provou que não são só os americanos que conseguem escrever e produzir séries desse gênero.

Aproveito aqui, para ressaltar a decisão da Globo em produzir em 2015, uma série do gênero de terror, que tem um grupo bastante amplo de fãs, e um público “órfão” aqui no Brasil, que é o dos jovens. Se a atração também corresponder na qualidade, certamente, os resultados serão satisfatórios, e lançará uma grande inovação por aqui.

"Malhação". (Foto: Divulgação)
“Malhação”. (Foto: Divulgação)

As novelas da Globo foram mal este ano quase que no geral, quase. Isso porque, teve uma grande e talvez única exceção: “Malhação – Sonhos”. É fato que a audiência da atual temporada da novela teen não chega a empolgar a emissora carioca, mas a trama em si, mostra qualidade de sobra. A dupla de autores acertou a mão ao definir as características de um dos casais protagonistas: Pedro (Rafael Vitti) e Karina (Isabella Santoni). Souberam traçar bem as características dos dois personagens, de forma que fizesse a maioria do público jovem se identificar.

Muita gente já define a atual temporada como a melhor de todos os tempos até agora. Não chega a tanto, mas merece muitos elogios e atenção para o desenvolvimento de novas temporadas.

"Domingo Show" e "Hora do Faro". (Foto: Divulgação)
“Domingo Show” e “Hora do Faro”. (Foto: Divulgação)

A dobradinha entre o “Domingo Show” e o “Hora do Faro” foi algo que deu muito certo na Record. Os dois programas, principalmente o dominical comandado por Geraldo Luís, conseguiu tirar a Record do terceiro lugar e colocar na vice-liderança isolada no horário.

Com matérias pelo Brasil, contando histórias dos mais diversos gêneros e trazendo ao público artistas que fizeram sucesso e que hoje caíram no esquecimento, o “Domingo Show” se consolidou na segunda posição, e chega várias vezes a desbancar a Globo, e ficar em primeiro lugar.

O “Hora do Faro” já é um pouco mais instável na audiência, e trava uma verdadeira batalha com Eliana do SBT, mas também consegue se manter na vice com uma certa frequência.

"MasterChef". (Foto: Divulgação)
“MasterChef”. (Foto: Divulgação)

De todos os acertos citados anteriormente, o “MasterChef” foi o que surgiu como grande novidade. Obviamente já existem diversos realities aqui no Brasil, mas de gênero culinário, exibido na TV aberta, foi o primeiro. É possível afirmar que o que transformou o reality da Band em um sucesso, foi a sua produção. A emissora seguiu exatamente a mesma forma de produção da atração em outros países, onde o diferencial, é justamente a qualidade da produção.

A verdade é que o formato do “MasterChef” é um grande sucesso, e a Band soube apresentá-lo bem aqui no Brasil. A expectativa agora, é de que a emissora do Morumbi saiba gerenciar bem o reality após o sucesso, e não estrague a atração com exageros.

Esses foram, talvez, os principais destaques positivos e negativos de 2014. Em 2015, a TV brasileira precisa se reinventar. O cenário promete não ser nada bom, principalmente pela crise financeira já anunciada. Com isso, terão que trabalhar com pouco para alcançar grandes resultados. O jeito vai ser estimular mais criatividade e inteligência, para que o próximo ano seja bem diferente do que este. Até 2015!

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As opiniões aqui retratadas não refletem necessariamente a posição do TV FOCO e são de total responsabilidade de seu idealizador.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.