Home » TV Foco » Destaque » “Foco na TV”: sem querer querendo, ele se eternizou
Nesta última sexta-feira (28), o Brasil e o mundo foram pegos de surpresa com a morte de Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves. O humor está de luto, perdeu um de seus maiores gênios, um pioneiro, que provou que não precisa de muito para provocar risos.
Bolaños foi responsável por criar uma fórmula única no humor, que mesmo que um episódio possa ser assistido dezenas de vezes, sabendo de cor e salteado tudo o que vai se passar, o riso surge como se fosse visto pela primeira vez. Enquanto que alguns utilizam muito para poucos resultados, Bolaños utilizou pouco para muito. Talvez esteja aí a explicação para as décadas de sucesso, o antigo que não deixou de ser atual.
Chapolin Colorado
Um herói atrapalhado. Quem teria a ideia de criar algo assim? Bolaños teve. Chegaram a duvidar da capacidade do personagem. Ninguém queria vestir aquele macacão vermelho com antenas e um coração estampado no peito. Para nossa sorte, o papel acabou sobrando para o mestre, que assumiu o personagem e… Bom, o resto você já sabe.
O Chapolin foi uma obra prima de Bolaños. Preocupava-se a todo instante, em não influenciar as crianças com as ações do herói. Da ponta do lápis e da mente do criador, saíram bordões como: “Não contavam com minha astúcia” e “Sigam-me os bons”, que garantiu a identificação do personagem com o público.
Chaves
Se o Chapolin foi uma obra prima de Bolaños, o que dizer de Chaves? Poderia ser resumido como simplesmente genial, mas ainda assim seria vago. Conseguiu misturar as características otimista, pobre e órfão em um único personagem. O que dizer então, do Seu Madruga, Dona Florinda, Professor Girafales, Quico, Chiquinha, Seu Barriga, entre outros? Criou cada um com o intuito de torná-los únicos e marcantes pelas suas características.
Conseguiu que milhões de pessoas abraçassem de uma só vez, o garoto pobre daquela vila, e toda a sua turma.
Agora, iremos olhar para a telinha, e ao acompanhar cada episódio daquele, saberemos que o mestre, grande responsável pelas risadas na infância de muita gente, já não estará mais entre nós. O gênio se foi, mas as suas genialidades ficaram, ou melhor, se eternizaram. É como diz o trecho da música Boa Noite Vizinhança, composta por ele: “Prometemos, despedirmos-nos, sem dizer, adeus jamais”.
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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.