Calote de R$ 20M: Gigante de SP acaba de ter falência decretada pela Justiça após 53 anos e Globo confirma

Gigante de SP tem falência decretada pela Justiça após 53 anos com confirmação da Globo

Após 53 anos de operação, uma gigante do setor empresarial de São Paulo viu sua falência ser decretada pela Justiça, em um episódio que choca o mercado.

A decisão judicial, confirmada pela Globo, marca o fim de uma trajetória marcada por altos e baixos, e destaca os desafios que ainda afligem empresas de grande porte em tempos de instabilidade econômica.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações divulgadas pelo O Globo, detalha agora os eventos que levaram a falência da Editora Três.

Falência da Editora Três

O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, decretou na última segunda (3) a falência da Editora Três.

Após sucessivos atrasos no pagamento de salários e dívidas acumuladas, a empresa entrou em recuperação judicial pela segunda vez, em 2020, com uma dívida total de R$ 264 milhões. Só ao primeiro grupo de credores, a dívida é de R$ 20,6 milhões.

Fim de versões físicas

Em janeiro de 2025, a Editora Três anunciou o encerramento das versões impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, optando por migrar para o formato digital.

Essa decisão reflete a tentativa da empresa de reduzir custos e adaptar-se às novas demandas do mercado editorial.

No entanto, a transição para o digital não tem sido suficiente para sanar as dificuldades financeiras. Em outubro de 2024, jornalistas da editora entraram em greve devido a salários atrasados e condições de trabalho precárias.

A falta de pagamento de salários e benefícios tem gerado insatisfação e incertezas entre os profissionais da área.

Crise

Além disso, a empresa enfrentou desafios operacionais, como a venda de seu galpão industrial em Cajamar, no interior de São Paulo, para quitar parte das dívidas.

O imóvel, com 129,7 mil metros quadrados, foi leiloado em dezembro de 2021 por R$ 40,4 milhões.

A decisão judicial de decretar a falência da Editora Três é um reflexo da incapacidade da empresa em honrar seus compromissos financeiros.

A falência implica na liquidação dos ativos da empresa para o pagamento dos credores, encerrando suas atividades comerciais.

Demissão

Porém, para os jornalistas e demais funcionários da Editora Três, a falência representa o fim de um ciclo de incertezas e dificuldades.

A expectativa agora é que os credores recebam parte dos valores devidos, embora o montante total possa ser insuficiente para cobrir todas as dívidas.

Fatores que levaram a falência da Editora Três

• Acúmulo de dívidas: Dívida total de R$ 264 milhões, incluindo passivos trabalhistas e dívidas com bancos e fornecedores.
• Atrasos salariais: Reiterados atrasos no pagamento de salários e benefícios aos funcionários, resultando em greves e insatisfação geral.
• Encerramento das versões impressas: Decisão de encerrar as edições impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, migrando para o formato digital, sem sucesso financeiro.
• Venda de ativos: Leilão do galpão industrial em Cajamar para levantar recursos e quitar dívidas, indicando dificuldades financeiras significativas.
• Processo de recuperação judicial: No entanto, a segunda entrada em recuperação judicial em 2020, sem êxito em reverter a situação financeira da empresa.

Por fim, esses eventos culminaram na falência da Editora Três, encerrando suas operações e afetando funcionários, credores e o mercado editorial como um todo.

Qual é a maior Editora do Brasil?

A Companhia das Letras é reconhecida como a maior editora do Brasil.

Fundada em 1986 por Luiz Schwarcz e Lilia Moritz Schwarcz, a editora paulista destaca-se por seu catálogo diversificado, abrangendo literatura, ciências sociais e outros gêneros.

Além disso, em 2018, a Penguin Random House adquiriu 70% da Companhia das Letras, consolidando sua posição no mercado editorial brasileiro.

CONCLUSÃO 

Por fim, a falência da Editora Três evidencia os desafios enfrentados pelo setor editorial brasileiro, especialmente em um cenário de transformação digital e dificuldades econômicas.

Contudo, a situação ressalta a importância de uma gestão financeira sólida e da adaptação às novas demandas do mercado para a sustentabilidade das empresas jornalísticas.

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