A Justiça de São Paulo absolveu a Globo em uma ação em que a emissora e os autores Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares são acusados de plágio na novela “Porto dos Milagres”, exibida em 2001.
Em ação judicial, as escritoras Adelaide Veiga Ferreira e Ione de Moraes Bueno alegam que a história do pescador devoto de Iemanjá, interpretado por Marcos Palmeira – protagonista da trama -, era plágio da obra literária “Seara Santa”, da qual são coautoras. Na Justiça, elas dizem ter enviado cópias do manuscrito para Nilton Travesso, por intermédio de sua secretária, na Globo.
Réus na ação, a Globo e os autores argumentaram que o pedido não procedia, negando a ocorrência de plágio. “Alegaram que a novela ‘Porto dos Milagres’ foi baseada em obras específicas de Jorge Amado, permeada com realismo fantástico e “forte tempero baiano”, já característico da dupla de escritores Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, que escreveram outras novelas desta mesma linha, tais como ‘Tieta’ e ‘Pedra sobre Pedra'”, diz o processo.
Juiz da 29ª Vara Cível de São Paulo, Felipe Nani Viaro decidiu isentar a Globo da acusação de plágio. Para ele, não houve qualquer comprovação de recebimento do livro. A ação judicial foi feita em 2004, porém a decisão saiu somente no último mês de outubro.
Escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, “Porto dos Milagres” foi livremente inspirada em obra de Jorge Amado.
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