Os gastos do governo Bolsonaro com publicidade revelaram que Record e SBT passaram a receber mais dinheiro de propaganda estatal e superaram a Globo.
De acordo com dados de um levantamento do Uol junto à Secretária Especial de Comunicação (Secom), em 2019, a Record recebeu R$ 10,3 milhões em publicidade do governo. O SBT apareceu em segundo, com R$ 7,3 milhões, e a Globo ficou em terceiro, com R$ 7,07 milhões.
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Para superar a Globo nos gastos públicos com publicidade, Record e SBT tiveram grande crescimento de investimentos junto à Secom. Quando comparado a 2018, o faturamento da Record com propaganda estatal no primeiro trimestre teve aumento de 659%, já incluindo a inflação do período. Já o SBT, cresceu 511%. Por outro lado, veículos das Organizações Globo registraram um crescimento mais modesto: 19% – passou de R$ 5,9 milhões para R$ 7,07 milhões.
Na comparação entre 2017 e 2019, é possível observar que neste ano aconteceu uma quebra no padrão de distribuição das verbas publicitárias do governo repassadas pela Secom.
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Nos dois últimos anos, por exemplo, a Globo levou a maior parte do bolo publicitário estatal. No primeiro trimestre de 2017, a emissora carioca ficou com R$ 6,9 milhões, seguida por SBT, com R$ 1,34 milhão, e Record, com R$ 1,21 milhão.
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No mesmo período de 2018, o padrão se manteve, com a Globo liderando o faturamento com propagandas do governo federal, com R$ 5,93 milhões. Em segundo, apareceu a Record, com R$ 1,308 milhão. O SBT teve o terceiro maior faturamento, com R$ 1,1 milhão.
Emissoras que superaram a Globo com gastos do governo Bolsonaro com publicidade, Record e SBT tiveram – e tem – grande ligação com o presidente. Edir Macedo (líder da igreja Universal e dono da Record) declarou apoio ao político do PSL durante a campanha do ano passado. Já Silvio Santos (dono do SBT), o recebeu para almoço, além de veicular propagandas pró-governo na programação de sua emissora.
OUTRO LADO
À publicação do Uol, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto declarou que os pagamentos realizados nos primeiros três meses de 2019 não têm relação com ações determinadas por Jair Bolsonaro.
“Primeiramente, é necessário esclarecer que os valores indicados pelo jornalista se referem aos pagamentos realizados pela veiculação de campanhas publicitárias autorizadas e executadas em anos anteriores, e, portanto, sem relação com os investimentos previstos para a publicidade em 2019”, afirmou.
A assessoria ainda informou que a estimativa de gastos da Secom para todo o ano é de R$ 100 milhões. Já sobre o aumento de 659% no valor de repasses do órgão do governo para a Record e de 511% para o SBT, a assessoria disse que os pagamentos são feitos após a comprovação da veiculação e que eles são feitos por ordem cronológica.
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