(Foto: Globo/Renato Rocha Miranda)
Os fãs da série ‘Amorteamo’, exibida pela Globo entre maio e junho deste ano, tem a oportunidade de ver, de perto, os figurinos que encantaram os brasileiros. Até o dia 15 de novembro, diferentes peças estão expostas na Oca, no Parque do Ibirapuera, como parte das ações realizadas durante a 2ª edição do Festival Telas – Festival Internacional de Televisão de São Paulo. Os vestidos de Malvina (Marina Ruy Barbosa) e Arlinda (Letícia Sabatela); os ternos de Gabriel (Johnny Massaro) e Aragão (Jackson Antunes); o uniforme do Zé Coveiro (Tonico Pereira); e até a batina do Padre Lauro (Gilray Coutinho), que, com seus enchimentos, transformou o ator para o papel, estão entre as peças que podem ser conferidas, gratuitamente, pelo público.
O evento destaca a grande marca do figurino de ‘Amorteamo’, criado pela equipe do figurinista Cao Albuquerque: o encontro do tradicional com o moderno. Para a série, foram produzidas cerca de 560 peças, sem contar modelos do acervo da Globo repaginados com aplicação de tachas, ilhóis, itens de metal, fitas e pedaços de couro para dar um toque de modernidade. Assim, peças clássicas do final do século XIX e início do XX ganharam uma releitura atual com formas pontudas e proporções irregulares, reforçando a estética disforme da série. Na obra, o figurino foi responsável também pela indicação da origem social dos personagens, evidenciada de acordo com o tipo de tecido que usavam. Quando financeiramente abastada, Arlinda (Leticia Sabatella) usava muitas roupas em veludo. Já Cândida (Guta Stresser), representante da classe média que trabalha em uma taverna, usava um tecido mais rústico. E Dora (Maria Luiza Mendonça), uma das integrantes do bordel da cidade, vestia trajes inspirados no século XVIII, como espartilhos. Já o jeans, uma peça neutra, estava presente no vestuário de Gabriel (Johnny Massaro) e Lena (Arianne Botelho).
Para completar a experiência da exposição, é possível assistir a um clipe com os bastidores de ‘Amorteamo’, que mostra tanto a construção do cenário virtual quanto a preparação dos atores para dar vida aos personagens. No dia 14, próximo sábado, a equipe multidisciplinar que atuou na cenografia e caracterização da série participa de uma mesa de discussão. Formada pela cenógrafa Cris De Lamare, pelo designer de computação gráfica Marcelo Terni e pela caracterizadora Lu Moraes, a conversa conta com vídeos especiais de making of da construção dos cenários e das caracterizações preparadas para indicar a passagem do tempo. O encontro acontece a partir das 19h, também na Oca.
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