Série de 12 episódios produzida pela Globo, “Nada Será Como Antes” contará uma história ficcional sobre o início da televisão no Brasil.
A produção, assinada por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão, terá “várias licenças” em sua história, que se passará entre meados da década de 1940 e fins dos anos 1950, retratando como a TV brasileira começou e seus bastidores na época. “É ficção total”, garante o autor João Falcão.
A minissérie que estreia nesta terça-feira (27), conta com direção de José Luiz Villamarim, e traz em seu elenco nomes como Murilo Benício, Débora Falabella, Bruna Marquezine, Daniel de Oliveira, Osmar Prado, Cássia Kis, Bruno Garcia, Letícia Collin, Daniel Boaventura e Fabrício Boliveira, entre outros.
Entrevista com os autores Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão
Como foi realizado o trabalho de pesquisa para a minissérie?
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Guel Arraes: O trabalho de pesquisa foi exaustivo, mas muito divertido. O final dos anos de 1950 foi um período riquíssimo da vida brasileira, um momento de revolução social, política e cultural, marcado pela emancipação da mulher, a industrialização e urbanização do país, a mudança da capital para Brasília, a Bossa Nova, a seleção campeã do mundo e o surgimento da televisão. Nossa história é uma ficção, com alguma liberdade criativa, sobre o nascimento daquilo que viria a ser uma paixão dos brasileiros: as telenovelas.
De que forma a tevê é retratada em ‘Nada será como antes’?
Jorge Furtado: A televisão é uma subtrama, um charme. Tem algumas informações, algumas curiosidades dos bastidores do início da televisão no Brasil, mas o drama pessoal, a história dos personagens é o foco principal.
A série seguirá um rigor histórico?
João Falcão: É ficção total, inclusive tem várias licenças que a gente toma, como quando foi a primeira novela. Novela diária só começou em 1962. Antes, era só às terças e quintas. É ficção baseada em fatos reais.
Vocês alteraram na minissérie algum fato real?
Guel Arraes: Fomos bastante fieis aos acontecimentos políticos, culturais, esportivos do país, mas tomamos muitas liberdades quanto à ordem dos acontecimentos na história da televisão. Saulo, nosso herói, e sua TV Guanabara estavam bem a frente do seu tempo.
Tem alguns fatos curiosos para contar?
Jorge Furtado: Hoje, sabendo da força da televisão, é engraçado saber o que se esperava dela quando nasceu, muita gente a definia como um “rádio com imagem”. Um cronista se perguntou: “quem vai querer ver o disco tocando para ouvir música ou olhar para o locutor das notícias?” Alguém logo lembrou que, em vez de ver o disco, o espectador poderia ver o cantor cantando e os músicos tocando, e as notícias poderiam ser acompanhadas de fotos e filmes mostrando os acontecimentos. Quando a TV virou realidade, explicou a si mesma.
O que vai atrair a atenção do público?
João Falcão: Alguns paralelos com os dias de hoje, onde nós evoluímos, ou não, em termos de costumes e pensamentos, de conceitos e preconceitos. Passaram-se 50 anos e muitas coisas estão começando a mudar só agora. Eu acho esse comparativo muito interessante.
Sobre esses conceitos e preconceitos da época em que se passa a série, o que você destacaria?
Guel Arraes: Me chamou atenção a forma como as atrizes eram vistas, consideradas muitas vezes como “mulheres de vida fácil”. Havia muito preconceito em relação às mulheres em geral. Fosse por serem separadas ou mães solteiras. Curiosamente as artistas, atrizes e cantoras foram as primeiras a quebrar essas barreiras e estabelecer uma nova imagem da mulher.
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