No ar em Poliana Moça, atriz levanta pauta de gordofobia e compara a racismo
A atriz contratada do SBT, Rafaela Ferreira, está fazendo sucesso na novela infanto-juvenil “Poliana Moça”, como a personagem Nanci, uma chef de cozinha que se mete em desventuras amorosas na trama de Íris Abravanel.
A atriz tem 33 anos e conta com mais de 1,8 milhão de seguidores nas suas redes sociais pessoais. No entanto, por ser acima do peso, ela já sofreu gordofobia em alguns momentos de sua trajetória e usou isto para se tornar uma ativista da causa.
Além de atriz, a ativista Rafaela Ferreira aproveita seu engajamento para defender a causa dos obesos, além de incentivar seus seguidores quanto sua aceitação e autoestima.
Rafaela Ferreira costuma também mostrar em suas redes, os obstáculos que os gordos enfrentam na sociedade, falando sempre também da igualdade de todos os corpos.
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Em uma entrevista concedida pela atriz ao “Policast”, o podcast oficial da novela “Poliana Moça”, Rafaela Ferreira falou sobre gordofobia e fez comparações. “Para mim é muito especial ser ouvida e de uma forma tão carinhosa quanto a que nossos fãs ouvem a gente, e tem assuntos que são muitos caros para mim, então, eu resolvi compartilhar esses assuntos”, iniciou a influenciadora digital.
Rafaela Ferreira destaca a importância de falar do corpo e se aceitar para seu público; “Eu converso muito sobre corpo, principalmente sobre o corpo gordo, que é o corpo que eu tenho, e que desde infância eu vinha entendendo que eu ia passar por questões nessa sociedade do jeito que ela é formada e formulada”, pondera a atriz contratada do SBT.
A influenciadora ainda deu dicas aos gordos de acordo com sua experiência no podcast: “Eu fui aprendendo formas de lidar com isso e de me entender como eu sou, de ser quem eu sou inteiramente, sem tentar esconder ou fingir que eu sou outra coisa”, declara a Nanci, de “Poliana Moça“.
Rafaela Ferreira ainda falou do preconceito que existe na sociedade diante dos corpos gordos. “Gente, a roupa tem que caber no seu corpo, e não o seu corpo que tem que caber na roupa”, pontua a atriz.
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AUTOESTIMA E ACEITAÇÃO
Sobre o preconceito enfrentado, a atriz compara a gordofobia ao racismo: “É um caminho de altos e baixos, como tudo. É como acontece no racismo e diversas situações que a gente tem que enfrentar na sociedade, porque eu posso ter a melhor autoestima do mundo, eu posso me achar uma mulher linda, incrível e maravilhosa, mas eu posso continuar não cabendo na poltrona de um avião, não passando na roleta de um transporte público, então, não é só sua autoestima, não é só a gente estar de bem com a vida, é um problema estrutural que a gente vai ter que enfrentar”, diz a influenciadora e atriz.
Rafaela Ferreira ainda faz alegações sobre o corpo gordo que deve ser aceito e compreendido na sociedade atual: “Por isso, a gente se coloca em grupos, vai procurando quem é comum, quem é igual a você e vai se fortalecendo. Eu sinto que muita coisa mudou, a gente está em um caminho de evolução, mas ainda tem uma estrada grande para a gente percorrer. São muitas pessoas que me ajudaram a encontrar um lugar legal, comigo mesma e com os outros, e também de lutar por esse espaço, porque, hoje em dia, o que eu mais faço é usar esse espaço que eu tenho para que todo mundo, todo corpo gordo, receba respeito e tenha dignidade em nossa sociedade”, finaliza a atriz e influenciadora sobre o assunto.
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