Trabalhar em home-office virou a realidade de muitos brasileiros, em decorrência da pandemia de coronavírus. Mais tempo em casa usando equipamento eletrônicos pode, porém, representar um impacto significativo no orçamento doméstico. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) aponta que os gastos com internet, água, alimentação e energia, que crescem substancialmente no verão, podem ficar até 25% mais altos.
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O aumento pode variar de acordo com o número de pessoas em casa e da rotina do trabalho. Um casal, por exemplo, que trabalha no escritório doméstico pelo menos oito horas por dia, usando um computador desktop e um notebook, pode ter um acréscimo na conta de aproximadamente 170 KWh, o que equivale a cerca de R$ 135, sem considerar a bandeira tarifária. Se optarem por deixar o ar-condicionado ligado durante todo o expediente, o gasto dobra, com acréscimo nas contas de 340 KWh.
Com a criação da bandeira tarifária da escassez hídrica, com valor extra de R$ 14,20 a cada 100 KWh consumidos, o incremento nas despesas pode ser ainda maior.
“Quem conseguiu sustentar a posição de trabalho ou recuperou rápido? Quem tinha condição de trabalhar em casa. Mas para garantir uma produtividade alta e a própria empregabilidade, o trabalhador acaba tendo que arcar com alguns custos, como de uma internet ágil e da conta de luz”, analisa o economista Ricardo Macedo: “com os alimentos mais caros, também há custo maior com a alimentação dentro de casa.”
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