Humor ácido de Falabella faz ''Aquele Beijo'' estrear com Ibope superior à antecessora

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TV Globo/Estevam Avellar

Em julho de 2010, Miguel Falabella começava a escrever a sinopse de “Aquele Beijo”, trama das 19h que estreou nessa segunda-feira no lugar de “Morde & Assopra”. O nome provisório da história era “Um Mundo Melhor”. Dizia ele que seria uma comédia sobre a tolerância. No primeiro capítulo, o conflito social aparece, mas foi atenuado pelo romance e pela comédia. A abertura, inclusive, é uma homenagem aos grandes casais da TV, com imagens de diversos beijos emblemáticos de várias novelas clássicas da teledramaturgia.

Pelo menos no primeiro capítulo funcionou. Os dados ainda são preliminares, mas Aquele Beijo alcançou média de 34 pontos no Ibope, com picos de 36, mais que a média da “pastelônica” “Morde & Assopra”, que terminou na sexta com índice médio de 29 pontos. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.

Houve internautas que identificaram outras referências na história. A boutique Comprare, por exemplo, foi associada à Luxus de “Cobras & Lagartos”, de João Emanuel Carneiro. A comunidade ameaçada de demolição foi comparada à favela Portelinha, de “Duas Caras”. A narração do autor também lembra muito “Desperate Housewives”, mas como o próprio Falabella já disse em entrevistas, “todas as histórias já foram contadas” e o que importa é a forma de contá-las.

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Até o momento, o que se viu foi o humor politicamente incorreto, que já consagrou Falabella em seus seriados, com frases como: “Quer saber o que Deus pensa do dinheiro? É só olhar a quem ele o dá”; além de referências as novelas mexicanas, evidente na personagem de Jaqueline Laurence, que usa um tapa-olho combinando com o vestido. Indagada pela filha Maruschka (Marília Pêra) sobre o por quê do acessório, responde: “Do jeito que está o mundo, melhor enxergá-lo com um olho só.” Falabella é ácido, mas sabe fazer rir sem jogar torta na cara da audiência.