Lei trabalhista faz com que a Uber e mais um grande app colocasse fim em suas atividades em país, pegando muitos usuários de surpresa
Em março de 2023, a Uber cravou uma decisão drástica ao interromper suas operações em Minneapolis, Minnesota, Estados Unidos.
Isso ocorreu em resposta a uma nova lei trabalhista, cuja qual afeta em cheio os motoristas por aplicativo na cidade.
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A medida, aprovada pelo Conselho da Cidade de Minneapolis, exigia que os motoristas recebessem uma remuneração mínima equivalente ao salário mínimo local de US$ 15,57 (cerca de R$ 77,76) por hora, conforme informado pela Associated Press.
Nova lei e impacto na Uber
De acordo com o Brasil Escola, essa legislação visa garantir uma remuneração justa aos motoristas de aplicativos, obrigando as empresas a pagar ao menos US$ 1,40 por milha e US$ 0,51 por minuto de viagem, ou um valor mínimo de US$ 5 por viagem.
Apesar de, em tese, melhorar as condições trabalhistas da classe, a nova regra foi alvo de críticas.
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O argumento é que poderia elevar os custos para usuários, principalmente pessoas de baixa renda e deficientes, que são os que mais dependem de transporte acessíveis.
Em comunicado oficial, a Uber afirmou que as exigências financeiras e operacionais da nova regulamentação tornaram a manutenção dos seus serviços na cidade inviável.
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A empresa destacou que os novos custos podem dificultar a prestação de um serviço economicamente viável e, consequentemente, decidiu suspender as operações em Minneapolis.
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Outro App …
Seguindo o exemplo da Uber, a Lyft, outra plataforma, também anunciou o fim de suas operações em Minneapolis.
A empresa emitiu um comunicado descrevendo a nova regulamentação como “profundamente falha”, reforçando que as mudanças impostas pelo conselho deixou o serviço insustentável.
Ambas as empresas defenderam que a medida pode não apenas impactar suas operações, mas também prejudicar os usuários, com o aumento das tarifas, o que resultaria em uma queda na procura.
Debate aqui no Brasil
A discussão também ocorre no Brasil, tanto que Lula enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei propondo um conjunto de diretrizes semelhantes às mencionadas.
Entre as propostas está a definição de:
- Salário mínimo para os motoristas;
- Jornada padrão de 8 horas – que pode ser estendida para 12 horas mediante acordo coletivo.
O projeto de lei também permite que os motoristas possam trabalhar em mais de uma plataforma, ampliando suas opções de renda.
Outro ponto relevante da proposta é garantir maior transparência nas decisões das plataformas de suspender trabalhadores, oferecendo maior proteção aos direitos dos motoristas.
Porém, a situação desagrada as empresas, bem como alguns motoristas, como podem ver por meio deste link*
Quais são os requisitos para ser motorista da Uber?
De acordo com a própria Uber os requisitos são:
- CNH regularizada e definitiva
- EAR (Exerce Atividade Remunerada) na CNH
- Pelo menos 1 ano de habilitação
- Ter um CRLV
- Ter um veículo elegível – para saber mais, clique aqui*
Conclusões finais:
A nova lei trabalhista em Minneapolis, que exige remuneração mínima para motoristas de aplicativos, levou à retirada da Uber e da Lyft da cidade.
Essa decisão pegou os usuários de surpresa e levantou questionamentos sobre o impacto dessas regulamentações nas plataformas e nos próprios consumidores, especialmente entre os de baixa renda e que dependem do serviço.
Esse debate também se estende ao Brasil, contudo, a resistência por parte das empresas e até de alguns motoristas indica que encontrar um equilíbrio entre regulação e sustentabilidade econômica ainda será um desafio.