Descanse em paz: Maior rede de festas lacra unidades e fim desola após 40 anos

Uma das maiores redes de festas fecha as portas após quase 40 anos e impacta com o fim de um império das festas.

17/06/2025 5h00

6 min de leitura

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Casa de festa fecha após 40 anos (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Canva/Internet)

Uma das maiores redes de festas fecha as portas após quase 40 anos e impacta com o fim de um império das festas

E uma das maiores redes de artigos para festas dos Estados Unidos anunciou o fechamento definitivo de todas as suas lojas, ainda em fevereiro de 2025, após quase quatro décadas de operação.

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Trata-se da Party City, a qual ficou conhecida nacionalmente por:

  • Seus balões coloridos;
  • Decorações temáticas;
  • Presença marcante em datas comemorativas.

Sendo assim, esse colapso representa o fim de uma era para o setor de festas e eventos. Além disso, o encerramento abrupto deixou milhares de funcionários sem aviso prévio e sem verbas rescisórias.

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A empresa alegou dificuldades financeiras intransponíveis, apesar de tentativas anteriores de reestruturação, desolando o país norte-americano após 40 anos.

Diante disso, a equipe de economia do TV Foco, com base em informações do portal NYC, traz abaixo mais detalhes sobre o que levou esse império das festas ao fim.

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Party City (Foto Reprodução/NPR)
Party City (Foto Reprodução/NPR)

O primeiro colapso financeiro – (2023):

O primeiro grande sinal de instabilidade surgiu em janeiro de 2023, quando a Party City Holdco Inc. entrou com pedido de recuperação judicial sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos.

Na ocasião, a empresa declarou dívidas que ultrapassavam US$ 1,7 bilhão.

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A justificativa apontava uma combinação de fatores, como queda nas vendas, inflação crescente e dificuldades no fornecimento de produtos — especialmente o hélio, essencial para os balões, carro-chefe da companhia.

Durante esse período, a empresa operava aproximadamente 800 lojas, mas começou a fechar unidades deficitárias.

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O plano de recuperação previa a manutenção da maioria dos pontos físicos e uma renegociação agressiva com credores e fornecedores.

A empresa também sinalizou que tentaria preservar empregos, embora já estivesse promovendo cortes internos silenciosos.

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Party City fecha todas as unidades após 40 anos (Foto Reprodução/NPR)
Party City fecha todas as unidades após 40 anos (Foto Reprodução/NPR)

Uma breve recuperação – (setembro de 2023):

Em setembro de 2023, após nove meses sob proteção judicial, a Party City anunciou que havia concluído seu plano de reestruturação.

A empresa conseguiu eliminar cerca de US$ 1 bilhão em dívidas e preservar parte substancial da sua operação, embora o número de lojas já estivesse reduzido para cerca de 700.

Internamente, a gestão defendia que a reorganização permitiria um “novo começo” diante de um mercado desafiador, mas os sinais de recuperação não se concretizaram nas projeções de receita.

As mudanças implementadas não bastaram para enfrentar a transformação no comportamento do consumidor e a pressão crescente do comércio eletrônico.

A empresa ainda enfrentava inflação elevada, aumento nos custos de frete e a contínua escassez de hélio, que limitava suas vendas em categorias essenciais.

Party City ficou conhecida pelos seus balões (Foto Reprodução/Internet)
Party City ficou conhecida pelos seus balões (Foto Reprodução/Internet)

O segundo colapso e nova crise – (dezembro de 2024):

No fim de 2024, a Party City admitiu que não conseguiria mais sustentar suas operações.

Em dezembro, a companhia comunicou ao mercado que encerraria todas as atividades e voltaria a recorrer ao Capítulo 11, desta vez com a intenção explícita de liquidar os ativos remanescentes.

O fechamento aconteceu de forma imediata: funcionários relataram ter sido informados em cima da hora, sem direito a pagamento de verbas rescisórias e com os benefícios corporativos cancelados no ato.

Em comunicado interno, o CEO Barry Litwin afirmou que “não havia outra alternativa viável” após meses sem sucesso em captar novos investimentos ou renegociar compromissos com fornecedores.

Mesmo com os esforços para evitar a liquidação, como o enxugamento das operações e a adoção de um modelo mais digital, a empresa não conseguiu reverter o cenário:

  • As vendas caíam mês após mês;
  • O endividamento impedia qualquer plano de médio prazo;
  • A concorrência com redes como Amazon, Walmart e até lojas temporárias especializadas (pop-up stores) acentuou a perda de mercado.

Fechamento total das lojas – (fevereiro de 2025):

Conforme mencionamos, no dia 28 de fevereiro de 2025, a Party City fechou oficialmente as portas de todas as lojas operadas diretamente pela companhia nos Estados Unidos.

As liquidações começaram ainda em janeiro, com descontos progressivos de até 80% para acelerar a saída de estoque.

A decisão afetou diretamente milhares de funcionários, a maioria dos quais não recebeu indenizações trabalhistas.

Clientes relataram surpresa e frustração diante da velocidade com que as lojas desapareceram do mapa varejista.

Após o encerramento da operação direta, algumas poucas unidades franqueadas — cerca de 30 — continuaram operando, agora sob nova gestão.

Essas lojas, localizadas principalmente em regiões metropolitanas, seguem vendendo artigos de festa com licenciamento limitado da marca original.

Qual é a situação atual da Party City?

Com a liquidação da estrutura corporativa, a marca Party City foi adquirida por um novo grupo gestor — a New Amscan PC LLC, que assumiu parte da operação digital e o fornecimento para franquias.

Essa nova empresa é controlada pela Ad Populum, uma holding que atua na reestruturação de marcas em dificuldade.

Conforme citado acima, até junho de 2025, a presença física da Party City se restringe a lojas franqueadas e à atuação digital em site e marketplace.

Ao mesmo tempo, redes como Five Below e Dollar Tree compraram dezenas de imóveis antes ocupados pela Party City, para inaugurar lojas próprias nesses espaços.

A liquidação da antiga líder do setor abriu uma lacuna que agora é disputada por varejistas de baixo custo e plataformas online especializadas.

Defesa da marca:

Em documentos apresentados à Justiça e em comunicados à imprensa, a Party City argumentou que tentou todas as medidas possíveis para evitar o desfecho.

Alega ter promovido cortes estruturais, buscado financiamento e adaptado o modelo de negócios, mas esbarrou em fatores externos incontroláveis:

  • A escassez global de hélio;
  • O aumento generalizado dos custos logísticos;
  • O crescimento das vendas digitais;
  • A queda na frequência de festas após a pandemia criou um ambiente hostil para a recuperação.

O CEO Barry Litwin declarou que a equipe “lutou até o fim para manter a marca viva”, mas reconheceu que a companhia “não conseguiu acompanhar o ritmo de transformação do varejo atual”.

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Conclusão:

O encerramento da Party City simboliza o fim de um ciclo para o setor de festas nos Estados Unidos.

A crise da empresa expôs vulnerabilidades de grandes redes diante das mudanças de hábito do consumidor.

Agora, o futuro do mercado tende à fragmentação e à digitalização, com espaço crescente para inovação e negócios personalizados.

 Mas, para saber sobre mais falências e casos parecidos como esse, clique aqui. *

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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