Nos últimos dois meses, a Petrobras passou por turbulências em série. O comando da petroleira passou do general Joaquim Silva e Luna para José Mauro Coelho, que durou apenas 40 dias no cargo até ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em razão da política de preços. Agora, a estatal aguarda a confirmação de Caio Paes de Andrade para a presidência.
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Apesar do cenário de incertezas, as ações com e sem direito a voto da companhia tiveram o melhor desempenho, em dólares, entre os papéis das dez maiores petroleiras do mundo, conforme levantamento da Economática: subiram quase 20%.
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Isso aconteceu porque, apesar das mudanças recorrentes no comando da companhia, o pilar da política de preços — que repassa ao valor cobrado nas refinarias a flutuação nas cotações do dólar e do petróleo — foi mantido. No entanto, o ruído do presidente da República, com ataques frequentes à política da Petrobras a cada reajuste de combustíveis, causa apreensão, reconhecem especialistas.
Ou seja, na leitura do mercado, o governo pode lançar mão de gestos políticos, trocar o comando da empresa diversas vezes, mas ainda não encontrou brecha para mudar a política de preços. Analistas admitem até que haja ajustes, como um intervalo maior entre os aumentos, mas, enquanto a essência da política implementada em 2016 for mantida, o papel se manterá atraente. O governo tem feito incursões mais frequentes e agora sinaliza mudanças no conselho e na diretoria da estatal. Ainda assim, o mercado avalia que, após a Lava-Jato, os mecanismos de proteção na governança da companhia podem fazer a diferença.
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