Anvisa proibiu marca de água, suco e cerveja
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária. Vale lembrar que a fiscalização pode ser feita em vários ambientes.
Sempre que algo de errado é encontrado, a Anvisa tem autoridade para aplicar uma série de restrições para a marca e até mesmo pode proibir o uso do produto, pedindo que o mesmo seja impedido de ser comercializado. Dessa vez, falaremos sobre as proibições envolvendo empresas de água, suco e cerveja.
Em março de 2023, por exemplo, a superintendência de Vigilância Sanitária Estadual de Minas Gerais divulgou laudo sobre o lote da bebida à base de soja da marca Ades contaminado. O resultado aponta que, no lugar de suco de maçã, 96 unidades foram envasadas com soda cáustica (hidróxido de sódio 2,5%) e água.
De acordo com informações da Veja, na época, a fabricação, distribuição, venda e consumo de todos os lotes dos produtos com soja da marca Ades, de diferentes sabores, versões e tamanhos de uma das linhas de produção foram proibidas. Algumas pessoas apresentaram problemas como enjoos e vômitos.
Vários testes foram feitos, até que a marca conseguiu a liberação novamente da produção. Em 2020, uma famosa cervejaria também apresentou graves problemas. Na ocasião, segundo informou o G1, a Anvisa interditou todas as marcas de cerveja da Backer com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020.
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A determinação veio após análises feitas pelo Ministério da Agricultura que comprovaram a contaminação pelas substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol em 21 lotes de oito marcas diferentes de cerveja da empresa. Os comerciantes foram obrigados a retirar todas as cervejas de suas prateleiras.
Segundo informou o G1, dez pessoas morreram. Os sintomas da intoxicação incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas. A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos naquele período.
Substância que causa a morte
A contaminação de cervejas da marca por dietilenoglicol deixou dez pessoas mortas e várias outras com sequelas. Segundo as investigações da Polícia Civil, a contaminação das cervejas por monoetilenoglicol e dietilenoglicol aconteceu devido a um vazamento no tanque da fábrica.
O superintendente de Polícia Técnico-Científica, Thales Bittencourt, explicou que tanto o monoetilenoglicol quanto o dietilenoglicol são tóxicos e causam a síndrome nefroneural, com pequena diferença nos sintomas. Mas as necropsias feitas em vítimas que perderam a vida constataram que a contaminação foi por dietilenoglicol:
“Em todas elas foram constatadas alterações macro e microscópicas compatíveis com contaminação por dietilenoglicol. E em todas também foi constatada a presença do tóxico dietilenoglicol. Cem por cento de produtividade nas necropsias”, afirmou.
Marca de água
Em 2014, outra uma marca de água também apresentou sérios problemas. Segundo o G1, a Anvisa proibiu a distribuição e comercialização, em todo o país, de um lote de água mineral natural da marca São Lourenço, produzido pela Nestlé. Isso porque os testes identificaram a presença da bactéria “Pseudomonas aeruginosa”.

O lote atingido foi o 32966047S1, da embalagem de água sem gás de 300 ml, produzido em outubro de 2013, com validade de 23/10/2014. “A Pseudomonas aeruginosa causa alterações de odor e sabor nos alimentos, mas normalmente não representa risco preocupante à saúde da população em geral”, explicou a agência.
Como está a situação hoje (17/11)?
Atualmente, todos as marcas mencionadas nessa reportagem solucionaram os problemas identificados pela Anvisa. Dessa forma, após os novos decretos emitidos pela agência, elas estão funcionando normalmente e sem nenhuma irregularidade.