Na vida real, mães rejeitam filhos com nanismo, relata Marieta Severo no “Encontro”
23/10/2017 às 12h28


Juliana Caldas e Marieta Severo (Foto: Reprodução)
A próxima novela das nove da Globo, “O Outro Lado do Paraíso”, estreia na noite desta segunda-feira (23) e vai abordar um tema pouco falado na televisão brasileira: o nanismo. Na trama de Walcyr Carrasco, a atriz Marieta Severo interpretará a mãe de uma personagem anã.
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A vilã Sophia (Marieta Severo) vai humilhar a filha Estela (Juliana Caldas) por causa de sua condição, e sobre esse assunto, a veterana fez alguns relatos no “Encontro com Fátima Bernardes” de hoje. Ela afirmou que, na vida real, existem mães que fazem o mesmo com os filhos, por causa do preconceito.
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“Existem as mães que rejeitam os filhos com nanismo. Procurei ler, pesquisar e vi relatos de várias mães que realmente negam, não querem. É a dificuldade de você aceitar a diferença. Frases ditas pela Sophia são frases reais, de depoimentos, como ‘devia ter te vendido para um circo'”, dispara.
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Juliana Caldas e Marieta Severo (Foto: Reprodução)
“Através deste comportamento, a gente denuncia o preconceito que existe, que é real”, disse a atriz, e Juliana complementou a fala, afirmando que portadores de nanismo sofrem com a ignorância da sociedade, que não está totalmente preparada e acessível para eles.
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“Na minha infância eu brincava muito, me divertia muito. Esse problema que a gente passa é meio que na adolescência. A minha mãe sempre me ensinou que todo mundo é diferente. Então pra mim eu era só uma pessoa diferente de você”, explicou Juliana.

Marieta Severo (Foto: Reprodução)
“Às vezes era complicado entender quando eu acabava gostando de um menino na escola e ele não correspondia. É óbvio que sempre tem uma dificuldade de aceitação. Demorei para me arrumar, para sair, para me expor na sociedade. Depois a gente aprende que a vida tem outros sentidos”, continua.
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“É uma honra estar nesse papel e dizer como é a vida de uma pessoa com nanismo, dificuldades e preconceito. A gente conseguiu dar um grande passo. É um ponto para conseguirmos mostrar para as pessoas do que a gente é capaz, do que precisamos, que é acessibilidade, médicos mais focados nessa deficiência”, afirma.
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