Rede de supermercado fechou portas e acabou leiloando todos seus bens após não resistir à crise ferrenha
Nos últimos meses temos sofrido uma avalanche de informações a respeito de fechamentos*, falências e vendas de grandes varejistas.
Participe agora do nosso grupo exclusivo do Telegram
*Para saber o que está acontecendo com demais varejistas clique aqui*
Pois é, esse clima de tensão tem dominado o setor deixando muitos sem saber exatamente o que esperar. Mas apesar de serem casos bem chocantes, eles nunca foram isolados, tampouco novidade.
Há anos, esse tipo de situação ocorre em nosso país, e muitas outras grandes varejistas já sentiram esse gosto amargo de se verem obrigadas a interromper um sonho por não suportar crises financeiras e cenários adversos.
Como é o caso do Supermercado Gonçalves, tradicional varejista da região de Roraima que precisou fechar suas portas após enfrentar uma severa crise financeira.
Receba nossas notícias diretamente no seu WhatsApp
Vale dizer. que apesar de tradicional, a rede se configurava como “mercado de bairro”, e muito frequentado pela vizinhança ao redor.
Veja também
Na mira de Prior, Daniel diz acreditar que não será indicado ao paredão pelo líder
Nova temporada de A Casa terá ex-participantes
Record censura “A Casa” e faz “versão crente” do formato internacional
História
Segundo o portal G1 A história do Supermercado Gonçalves começou nos anos 90, na rua Guanabara, em Porto Velho (RO), com a inauguração da primeira unidade.
Nos anos seguintes foram abertos outros nove supermercados: em Porto Velho, Ariquemes (RO), Buritis (RO), Ji-Paraná (RO) e também em Rio Branco (AC).
No ano de 2013, o grupo criou uma indústria de panificação, a Granopan, e em 2014, uma casa empório, ambas na capital rondoniense. Não demorou muito para que o supermercado se tornasse um dos maiores varejistas de Rondônia.
1-A queda
Ainda de acordo com o G1, apesar da ampla prestação de serviço, no ano de 2016 a empresa começou a ruir quando entrou com pedido de recuperação judicial alegando não suportar a crise econômico-financeira.
O Gonçalves culpou a queda de faturamento decorrente da crise macroeconômica brasileira, que começou pós-eleições do ano de 2014.
Fora isso, ainda de acordo com as alegações da mesma, a situação piorou ainda mais após a alavancagem junto a bancos e elevadas taxas de juros, elevação dos custos financeiros, redução de margens de lucro no segmento e cortes de linhas de crédito.
E ainda enfrentava o aumento dos custos, queda da renda per-capta na cidade de Porto Velho, aumento da concorrência na região e investimentos frustrados pela “ressaca pós-usinas do madeira”, tudo isso contribuiu para sua queda.
Segundo o pedido protocolado na Justiça, no início da década, o grupo chegou a realizar investimentos milionários na melhoria da estrutura das lojas, inauguração de um empório e na construção de uma indústria, entretanto os mesmos foram frustrados devido ao cenário econômico de retração.
2-Colocando tudo à venda
No entanto, a tentativa de remediação não foi bem sucedida e em julho de 2019 a Justiça decretou a falência definitiva do grupo.
TODOS os bens foram leiloados ao decorrer de três chamadas realizadas este ano. Lojas, imóveis, terrenos e veículos faziam parte do patrimônio do grupo. Ao todo, foi arrecadado um montante de R$ 71 milhões.
Com a ruína do império varejista do estado de Rondônia, se deu inicio ao drama de mais de 1 mil funcionários do Supermercado Gonçalves, que ficaram sem saber quando receberiam salários atrasados e direitos trabalhistas.
E qual foi o desfecho dos funcionários?
Essa situação fizeram com que muitos deles entrassem com uma ação na justiça contra o Supermercado Gonçalves, porém somente no dia 23 de maio de 2022 foi confirmado o pagamento dos direitos de uma parte desses funcionários.
Segundo o portal G1, A informação foi confirmada pelo administrador judicial da massa falida, escritório Machiavelli, Bonfá e Totino Advogados Associados.
Foram beneficiadas as pessoas que trabalhavam na rede enquanto ocorreu a falência e que não possuíam pendências sobre o valor e outras informações apresentadas na lista de credores.
O pagamento foi autorizado pela Justiça de Rondônia no início daquele mês.
A juíza de direito Elisangela Nogueira, da 6ª Vara Cível, Falências e Recuperações Judiciais, autorizou o envio aos ex-funcionários por ter entendido que não havia impedimentos ao pagamento dos valores que não estavam em contestação, principalmente considerando que o prazo para objeções já tinha sido encerrado.
De acordo com o administrador judicial, aproximadamente R$ 14 milhões foram liberados no dia 20 de maio de 2022, pela Caixa Econômica Federal. Os valores devem ser depositados nas contas apresentadas pelos funcionários.
Cerca de 80% dos trabalhadores estavam aptos a receber. Os outros 20%, que ainda aguardavam pendências a serem resolvidas, tiveram que esperar mais um pouco pelo pagamento.
Ao todo, 6.200 credores faziam parte do quadro geral, entre fornecedores, prestadores de serviço, bancos, advogados e demais envolvidos.
🚨 Luto: Cantora e ator morrem + Bonner AMEAÇA abandonar tudo + Huck exposto com fortuna
NOS SIGA NO INSTAGRAM
TV FOCO
📺 Tudo sobre TV e Famosos que você precisa saber.
@tvfocooficial
SEGUIR AGORA