Com a fixação da taxa Selic em 12,25%, o impacto no saldo da conta poupança faz com que brasileiros fiquem atentos
A Selic é a taxa básica de juros da economia usada pelo Banco Central para controlar a inflação e influenciar outras taxas de juros, como as de empréstimos e investimentos e rendimento da poupança.
Ela é definida através de operações compromissadas com títulos públicos federais e busca alinhar-se à meta estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
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Conforme apurado pelo TV FOCO, no dia 11 de dezembro de 2024, ocorreu a última movimentação na taxa Selic, onde o Copom fixou a taxa em 12,25%, representando seu crescimento.
A Selic em alta é bom para a poupança?
Em suma, a taxa Selic e a poupança estão diretamente relacionadas no Brasil, pois a poupança, seja na Caixa, no BB, Itaú, entre outros bancos, tem seu rendimento atrelado à taxa de forma automática.
Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR). Por exemplo, com a Selic a 12,25%, o rendimento anual da poupança está em torno de 6,2%.
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Com essa alta, os rendimentos das principais aplicações de renda fixa são diretamente impactados, tornando essa classe de ativos ainda mais atraente para os investidores.
O que acontece com quem tem R$ 10 mil na poupança?
A poupança fica mais atrativa quando a Selic se encontra acima dos 8,5%, como está agora em 12,25%. Sendo assim, a modalidade se mantém como uma da mais seguras e conservadoras.
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De acordo com cálculos da equipe de Research da XP, com a Selic a 12,25% ao ano, R$ 10 mil aplicados na conta poupança resultariam em R$ 10.640,71 após um ano.
Em cinco anos, o valor seria de R$ 13.952,78. Atualmente, a poupança oferece 0,5% ao mês (6,17% ao ano), mais a variação da TR (Taxa Referencial).
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Porém, existem outros investimentos de renda fixa mais vantajosos do que a conta poupança, fazendo com que alguns brasileiros até mesmo migrem de modalidade de investimento.
Alternativas melhores que a poupança
Existem diversos investimentos que podem ser melhores que a poupança, como:
– Tesouro Selic
É um investimento seguro e com liquidez diária, que remunera 100% do CDI e acompanha a variação dos juros.
Com o Tesouro Selic 2029, os mesmos R$ 10 mil atingiriam R$ 10.902,82 após um ano, R$ 13.275,69 em três anos e R$ 16.254,07 em cinco anos.
– LCI e LCA
Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente, que são emitidas por instituições financeiras e contam com a proteção do FGC. Além disso, são isentas de Imposto de Renda.
Com a Selic em 12,25%, R$ 10 mil aplicados nessas opções se transformariam em R$ 10.965,20 em um ano, R$ 13.219,61 em três anos e R$ 16.016,93 em cinco anos.
– CDBs
São títulos de renda fixa que podem ser uma boa opção para quem quer montar uma reserva financeira ou tem um perfil conservador.
Com R$ 10 mil aplicados, o valor se transformaria em R$ 13.456,36 em três anos (já com o desconto do Imposto de Renda) e chegaria a R$ 16.618,12 em cinco anos.
Outras opções de investimento são:
- Títulos com juros semestrais
- Ações
- Fundos imobiliários
- Fundos agrícolas
- Fundos de previdência
- Stocks
- REITs
- ETFs no exterior
Além disso, é possível começar a investir até mesmo no Tesouro Selic por meio do banco, mesmo sem abrir uma conta em uma corretora. Basta ter uma conta em instituições digitas como o Nubank ou o Inter.
Considerações finais
A fixação da Selic em 12,25% torna a conta poupança atrativa, com rendimento de 0,5% ao mês, ou cerca de 6,17% ao ano.
No entanto, existem alternativas de investimentos de renda fixa, como Tesouro Selic, LCI, LCA e CDBs, que oferecem rendimentos superiores e podem ser mais vantajosas a longo prazo.
Esses investimentos, além de seguros, são opções interessantes para quem busca maior rentabilidade, especialmente em um cenário de juros altos.
Assim, é uma boa oportunidade para diversificar os investimentos e obter melhores retornos.
O que considerar antes de investir?
Antes de investir é importante considerar diversos fatores que influenciam tanto a segurança quanto o retorno do investimento. Aqui estão os principais pontos a serem avaliados:
- Liquidez: Alguns ativos, como CDBs, LCIs e LCAs, têm prazos de resgate mais longos, afetando a flexibilidade para sacar o dinheiro.
- Rentabilidade: Geralmente, quanto maior a rentabilidade, maior o risco associado ao emissor. Fique atento ao risco de crédito das instituições.
- Cobertura pelo FGC: CDBs, LCIs e LCAs são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil, mas títulos públicos não têm essa garantia, embora sejam considerados mais seguros por serem emitidos pelo governo.
- Perfil de Risco: Avalie seu perfil de investidor e alinhe os produtos aos seus objetivos financeiros e ao seu apetite por risco.
- Taxa de Juros: A rentabilidade dos ativos de renda fixa depende das taxas de juros, como a Selic. Quando a Selic é alta, os retornos tendem a ser melhores.
- Diversificação: Diversificar os investimentos ajuda a reduzir riscos e melhorar os resultados.
Esses fatores são essenciais para tomar decisões mais informadas e adequadas ao seu perfil de investidor.
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