“jornalismo focado nas tristezas de quem tem pouco, mas sem denegrir “
Tem sido comum ouvirmos elogios para o jornalismo da Record. Ontem pude ver como estão trabalhando bem. No sul tem chovido muito. Aguaçal daqueles, com direito a vento e zero grau. Durante o jornalístico do meio-dia da rede, não tenho visto sensacionalismo. Vejo a desgraça do povo com água até a cintura, isso sim, mas noto no repórter a preocupação em passar a realidade sem nos massacrar com a fatalidade.
Tanto apresentador, no caso Alexandre Mota, como a equipe, migraram para outra forma de mostrar na tela as agruras dos brasileiros. Não ficaram só no choro, durante entrevistas não miram somente o lado negro, desgraçado, querem mostrar o esforço das pessoas para salvar tudo e todos. É o jornalismo focado nas tristezas de quem tem pouco, mas sem denegrir a imagem deste, pelo contrário, passam informações úteis, transformando o mundo cão em respeito ao ser-humano.
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Seria muito bom ver algo mais cultural na tela, mas sabemos o quanto este tipo de programa derrubará a audiência, como há urgência em chamar a atenção, a notícia chocante servirá perfeitamente, porém a Record mostra estar interessada em fazê-lo caminhando cuidadosamente pela desgraça sem denegrir. É algo muito difícil de ser feito. Este caminho beirando o sensacionalismo e a notícia informativa exige muita sensibilidade para não “desaguar” em um “Aqui e Agora”.
Texto: Cleomar Santos ( [email protected] )
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