Os realities não podem depender de um único participante

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Ana Paula foi expulsa do "BBB 16". (Foto: Reprodução/BBB 16)

Ana Paula foi expulsa do “BBB 16”. (Foto: Reprodução/BBB 16)

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No “BBB”, Ana Paula foi sem dúvida uma das participantes que mais despertaram ódio e amor ao mesmo tempo e em grande volume. A situação é semelhante ao que ocorreu na última temporada de “A Fazenda”, que perdeu audiência após a saída da também “vilã” e “protagonista” Mara Maravilha.

Particularmente, não era a favor do comportamento da Mara, tão menos do de Ana Paula. Elas tiveram seus ganhos, mas em termos de competição, acabaram “cavando a própria cova”. No entanto, há de se reconhecer que as duas foram figuras pra lá de interessantes dentro dos respectivos realities.

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Mara Maravilha

Mara Maravilha

Essa situação não é exceção. Por exemplo, o que seria da primeira temporada de “A Fazenda” sem o Theo Becker? Aí entra o “x” da questão: sozinhos, os “vilões” únicos a cada temporada viram protagonistas, “dão as cartas” e acabam “derrubando” as atrações após sua saída?

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É uma questão de lógica. Vamos tomar como exemplo as novelas: haveria interesse em assistir a um folhetim após a morte do vilão praticamente no meio da trama? Como a história poderia se tornar interessante a partir daí? Quem iria movimentar o enredo agora?

São perguntas desse gênero que as produções de “A Fazenda” e do “BBB” deveriam se fazer para encontrar respostas solucionáveis. É óbvio que novela e realities são duas atrações distintas. Entretanto, enquanto as novelas podem ser perfeitamente manipuláveis através da ficção, encontrando reviravoltas e novos vilões, os realities podem “induzir a manipulação” através de novas dinâmicas.

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Theo Becker

Por mais que um vilão seja odiado por parte do público, ele é um elemento fundamental para a execução do programa, e para causar a tal polêmica que todos gostam. Mesmo os que se diziam contra a Ana Paula, certamente perderão interesse pelo reality após sua saída, assim como aconteceu com a saída da Mara em “A Fazenda”.

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As possibilidades de precauções são diversas para que a temporada de um reality não fique refém de um único participante. A cada edição, a atração deveria ter um leque de candidatos mais interessantes, ou simplesmente se colocar a frente e ser mais interessante que um participante, e não o inverso. Sempre que esse efeito contrário acontece, é sinal de que algo está errado.

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Autor(a):

Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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