
(Foto: Divulgação)
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Neste início de ano, a coluna vai realizar uma série especial de três edições para discutir e traçar, sob um olhar crítico, um panorama sobre a atual situação das três principais emissoras de TV do Brasil: Globo, SBT e Record. Quais os pontos fracos e fortes dessas emissoras? Quem está em alta? Quem está sendo superestimado? E subestimado? O que falta? E o que não falta? E para dar início a esta série, vamos falar sobre o atual momento do SBT.
No fim do ano passado, a imprensa hispânica detonou a estrela mexicana Lucero por assinar contrato com a emissora de Silvio Santos para participar do remake de “Carinha de Anjo”. Chegaram a sugerir que seria um “retrocesso” na carreira da atriz, e em meio a essa crítica, classificaram o SBT como “emissora pequena”.
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É difícil chegar a um consenso se o apresentador, ao longo dos últimos 30 anos, chegou a acertar mais do que errar. Mas ultimamente, os mandos e desmandos do empresário, os buracos na programação, um jornalismo que perdeu força e chega a ser alvo de críticas — inclusive por colocar um jovem inexperiente para apresentar um telejornal, e priorizar o entretenimento ao invés de cobrir fatos importantes — além das intermináveis reprises que permeiam a grade, reforçam muito a imagem de uma gestão “pouco profissional”. É claro que essa questão também cai sobre os diretores artísticos e de programação, que a grosso modo, levantam a impressão de que não possuem uma filosofia de trabalho em que pensam alto, e que agem mais do reclamam — principalmente no Twitter. É claro que toda essa crítica pode ser confrontada com um simples argumento: a maior parte dessa estratégia dá resultado, ou seja, audiência. De fato. Por incrível que pareça, as mega-reprisadas novelas mexicanas, o bom e velho “Chaves”, e as “infinitas” novelas infantis — que chegam a ser reexibidas no horário nobre apenas um ano após a transmissão original — , ainda são apreciadas pelo público. É o conceito do “bom” e barato. Mas a questão de tudo isso é que esse “bom” torna-se bastante relativo, e não significa exatamente algo de qualidade, bem vistoso e produtivo para a TV brasileira. Pode também significar simplesmente acomodação.
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Por uma série de fatores, Larissa já é uma realidade em termos de sucesso, razão, inclusive, que pode ser colocada como única pelo interesse da Globo em sua contratação, se considerarmos que a emissora carioca hoje prioriza o “talento pronto” para o seu casting de atores. As polêmicas e a vida pessoal nada discreta da atriz, que nesse sentido é mal gerida pelas pessoas que cuidam da sua carreira, além das suas performances públicas que sempre destacam um tom superficial, podem prejudicar a sua evolução profissional sobre a questão de qualidade. É tanto que nas redes sociais, já se cria uma enorme rejeição em torno da imagem da jovem, o que leva sua aceitação a ser defendida quase que exclusivamente pelo seu (grande) público infantil, algo bem distinto do que ocorre, por exemplo, com a Maísa, querida por um público bem mais amplo e com uma rejeição mínima, mas que curiosamente, não possuí o mesmo prestígio na emissora. Ao invés de se prestar a uma orientação de preservação de imagem e um trabalho de “lapidação” da sua maior estrela, o SBT prefere tapar os olhos e ouvidos quanto às críticas — que não são poucas.
O SBT é a emissora “carismática” e “queridinha” do público. É “a cara do Brasil”, como diz seu slogan atual. Atrações como novelas mexicanas de sucesso, “Chaves”, novelas infantis “para a família” e o ícone Silvio Santos, são os principais responsáveis por reforçar esse conceito. O apresentador conquistou seu objetivo no sentido de valorizar essa imagem. Por outro lado, a falta de uma organização e visão mais ousada em sua administração, que almeje uma profissionalização maior em todos os departamentos, seja o principal problema atual da emissora. Quando se visa melhorar, em “time que está ganhando” deve se mexer sim.
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As opiniões aqui retratadas não refletem necessariamente a posição do TV FOCO e são de total responsabilidade de seu idealizador.