O QUE ROLOU?!
Pedido de falência e portas fechadas: Loja n°1 das donas de casa padece em país após 80 anos
04/06/2025 às 7h15

Loja nº 1 e queridinha das donas de casa fecha as portas e encerra sua história no varejo após pedido de falência
Depois de mais de 80 anos de funcionamento e uma legião de clientes fiéis, em sua maioria donas de casa, uma rede de lojas especializada em artigos de artesanato, tecidos e costura, anunciou o encerramento definitivo de suas operações após pedido de falência.
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Trata-se da Joann, cuja decisão de fechar todas as unidades foi tomada após a empresa entrar, pela segunda vez em menos de dois anos, com pedido de recuperação judicial.
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O plano inicial era salvar parte da rede, mas os desdobramentos do processo acabaram selando o fim da marca no varejo físico.
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Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal Em Foco e Wiki a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes do fechamento abaixo e seus impactos.

Fundação modesta e expansão nacional
A trajetória da Joann começou em 1943, como uma pequena loja de tecidos em Ohio:
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- Fundada por três casais de empreendedores, a empresa cresceu gradualmente, consolidando-se nas décadas seguintes como referência nacional em materiais para costura, artesanato e decoração doméstica.
- A partir dos anos 80, a rede acelerou sua expansão, chegou a operar mais de 800 lojas em todos os Estados Unidos e empregou dezenas de milhares de pessoas.
- Tornou-se, para muitas famílias, um nome familiar e um destino frequente de compras e inspiração.
Um símbolo cultural para o “faça você mesmo”
Mais do que uma loja, a Joann ocupava um papel cultural. Era ponto de encontro para costureiras, artesãos, educadores e entusiastas de trabalhos manuais.
Muitas pessoas aprenderam a costurar com materiais comprados na rede:
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- Famílias inteiras usavam a Joann como parte de sua rotina criativa;
- Celebridades também foram vistas em lojas da rede, que combinava apelo popular e certa aura nostálgica.

Efeitos da pandemia:
No entanto, embora para muitos o período tenha sido desafiador, durante a pandemia de COVID-19, a Joann experimentou um verdadeiro boom de vendas.
Com mais gente em casa, os projetos de costura, decoração e artes manuais ganharam força.
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O interesse pelo “faça você mesmo” aumentou e impulsionou a receita da empresa naquele período. No entanto, o crescimento foi pontual.
Mas, ao mesmo tempo, a companhia enfrentou sérios problemas logísticos, aumento de custos e dificuldade para manter a rentabilidade.
Posteriormente, com o retorno do varejo presencial, a Joann não conseguiu se adaptar à nova realidade de consumo, marcada por:
- Hábitos digitais;
- Pressões inflacionárias;
- Concorrência acirrada.

Primeira tentativa de recuperação:
Em 2024, a empresa pediu proteção judicial para reestruturar dívidas e tentar preservar sua operação.
E conseguiu concluir o processo emergindo como empresa privada, mantendo as lojas abertas e preservando milhares de empregos.
Internamente, no entanto, as dificuldades operacionais persistiram.
A tentativa de modernizar processos e equilibrar o caixa não foi suficiente para contornar os problemas estruturais.
Pedido de falência e golpe final:
Em janeiro de 2025, a Joann voltou a recorrer à Justiça um novo pedido de falência.
O plano original era encerrar cerca de 500 lojas e manter uma operação reduzida.
No entanto, o leilão de ativos da empresa acabou sendo vencido por uma companhia especializada em liquidação de bens.
Com isso, a estratégia mudou: todas as lojas da rede seriam fechadas, e o foco passaria a ser apenas a venda dos ativos restantes.
Quando a Joann encerrou de vez?
Entre março e maio de 2025, a Joann iniciou o processo de liquidação total.
Mais de 800 unidades passaram a oferecer descontos agressivos, de até 90%, em artigos de costura, equipamentos e mobiliário de loja.
A operação online também foi encerrada, e os últimos pontos físicos fecharam suas portas definitivamente ao final de maio.
E o impacto foi imediato: milhares de demissões e o fim de uma referência no mercado artesanal.
Com seu fechamento, encerra-se uma era no consumo artesanal dos Estados Unidos.
Até o momento, não houve manifestações públicas recentes de executivos da empresa, tampouco declarações sobre tentativas futuras de relançamento da marca ou manutenção da operação digital.
A companhia que assumiu os ativos concentrou-se no processo de liquidação e também não anunciou qualquer intenção de dar continuidade à marca Joann. Assim, o futuro da empresa permanece indefinido.
Conclusão
Em suma, o fim da Joann simboliza o colapso de um modelo de varejo que não conseguiu se reinventar.
A marca, que por décadas foi sinônimo de criatividade e proximidade com o consumidor, não resistiu às pressões do mercado.
Seu legado, porém, permanecerá na memória de quem cresceu entre tecidos, agulhas e ideias. Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.