QUE SITUAÇÃO!
Peixe na água podre: Interdição da Vigilância Sanitária contra nº1 atordoa clientes em João Pessoa, PB
08/04/2025 às 4h00

Empresa gigante de pescados é interditada pela Vigilância Sanitária após flagrante de armazenamento em água podre e condições insalubres
Uma operação da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), interditou uma empresa clandestina de processamento de pescados em Bayeux, na Grande João Pessoa, Região Metropolitana, PB.
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A ação ocorreu no dia 21 de março de 2025, porém, os detalhes foram expostos somente no dia 24.
No local, os fiscais encontraram peixes e camarões armazenados em gelo cuja água já estava podre e malcheirosa, o que, por si só, já representa sérios riscos à saúde pública.
A partir de informações do portal G1, a equipe especializada em fiscalizações e serviços do TV Foco traz abaixo mais informações sobre o ocorrido e os reais riscos que tal situação trouxe à população.

Gelo contaminado e violação sanitária
Conforme dito acima, os agentes flagraram a empresa operando em uma residência no Centro de Bayeux, sem qualquer tipo de licença sanitária.
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Havia um volume expressivo de pescados, mantidos em câmaras frias, mas mergulhados em gelo e água completamente contaminada e apodrecida.
Não havia controle sobre a qualidade da água utilizada no processamento, prática que fere diretamente as normas nacionais de segurança alimentar.

Diante disso, a Agevisa lacrou os produtos e manteve a interdição de forma cautelar.
Técnicos da Agevisa assumiram a responsabilidade de realizar análises laboratoriais para definir se iriam incinerar os alimentos ou os descartariam por outro método.
Denúncia detalhou operação clandestina
O MPT desencadeou essa ação após receber uma denúncia em 13 de fevereiro de 2025.
O documento apontava que:
- A empresa produzia 30 toneladas de camarão por mês, sem qualquer autorização legal;
- Posteriormente, em 7 de março, documentos enviados à Agevisa reforçaram a gravidade da situação, informando que cerca de 30 funcionários atuavam sem registro em carteira;
- Por fim, a empresa ainda não fornecia equipamentos de proteção individual (EPIs) e estava em ambiente sem condições mínimas de higiene e segurança.

Trabalho degradante e riscos ambientais
Fora isso, os agentes ainda encontraram outras irregularidades no ambiente de trabalho. De acordo com o procurador do trabalho Rodrigo Nogueira, os trabalhadores operavam em:
- Pisos escorregadios e úmidos;
- Iluminação inadequada;
- Ventilação deficiente;
- Acúmulo de resíduos despejados diretamente no Rio Sanhauá, agravando o impacto ambiental.
Além disso, a empresa obrigava os funcionários a trabalhar mesmo doentes, negava o afastamento médico remunerado e não fornecia vale-transporte, violando os direitos garantidos pela CLT.
Clientes em risco!
Para piorar, os produtores transportavam os pescados em veículos sem qualquer sistema de refrigeração.
A comercialização era feita:
- Sem nota fiscal;
- Sem rotulagem adequada;
- Sem garantia de rastreabilidade dos alimentos.
Ou seja, a venda ocorria de forma totalmente clandestina, o que amplia os riscos à saúde da população.
Encaminhamentos e investigação:
- A Agevisa garantiu que seguiria com as análises técnicas dos produtos apreendidos.
- O MPT já anunciou que responsabilizaria a empresa por violações sanitárias, ambientais e trabalhistas.
- Por fim, a Vigilância Sanitária reforça a importância de denunciar irregularidades que coloquem em risco a saúde coletiva.
Visto que o estabelecimento não foi devidamente identificado, não foi possível localizar a situação atual da empresa, bem como as manifestações sobre o ocorrido.
Quais riscos existem no consumo de peixes em condição irregular?
Especialistas da Agevisa alertam para os perigos do consumo de pescados processados em condições insalubres, como:
- Contaminação por bactérias como Salmonella, Listeria monocytogenes e Escherichia coli;
- Intoxicações alimentares com sintomas como febre, vômito, diarreia e dores abdominais;
- Infecções gastrointestinais severas, especialmente em crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas;
- Riscos ambientais por descarte irregular de resíduos no manguezal e no Rio Sanhauá;
- Comprometimento da cadeia de comercialização, com risco de contaminação cruzada em feiras e mercados.
Inclusive, ao sentir qualquer sintoma parecido, a recomendação é procurar um médico ou uma unidade de atendimento médico o mais rápido possível.
Afinal de contas, a intoxicação alimentar, bem como infecções provenientes dela, pode levar o consumidor a óbito.
Mas, para saber mais informações da ANVISA/Vigilância Sanitária, clique aqui*.
Conclusão:
Em suma, a Agevisa e o MPT interditaram uma empresa clandestina de pescados em Bayeux (PB) após flagrarem o uso de gelo podre e condições insalubres no armazenamento.
Os fiscais constataram trabalho degradante, ausência de licenças e descarte irregular de resíduos no Rio Sanhauá.
A empresa comercializava os produtos sem refrigeração e sem nota fiscal. As autoridades alertaram para o alto risco de contaminação alimentar e danos ambientais
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.