A notícia de que o Uruguai já começa a conversar com a China sobre um acordo de livre comércio em separado dos demais sócios do Mercosul não preocupa o governo do presidente Jair Bolsonaro, que até recentemente defendia esse tipo de flexibilização nas negociações com terceiros mercados. Já o setor industrial brasileiro reagiu com uma nota pedindo a união dos quatro países para melhorar as economias do bloco.
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Na área econômica do governo, a avaliação é que a posição uruguaia é a mesma do Ministério da Economia. A flexibilização sempre foi considerada um instrumento para modernizar o Mercosul, juntamente com a redução das tarifas de importação.
“Entendo que a iniciativa do Uruguai vai ao encontro do que vem defendendo o Ministério da Economia, qual seja a modernização do Mercosul, com maior flexibilidade negociadora para os países membros. Trata-se de mais um exemplo de uma realidade que se impõe, diante da perda de dinamismo do bloco, observada ao longo das últimas décadas”, afirmou o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.
Já o Itamaraty preferiu não se manifestar a respeito, pelo menos por enquanto: “Trata-se de anúncio preliminar do governo do Uruguai. Ainda não se vislumbram elementos concretos”, destacou o órgão. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma nota, nesta quarta-feira, em que pede aos governos que aumentem o diálogo, com a participação dos segmentos produtivos. A entidade defende avanços no Mercosul, como a adoção de medidas concretas para garantir o livre comércio no Mercosul.
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