Protagonista de ”Malhação” posa com o pai, que é negro, e comenta racismo real

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

16/09/2017 12h55

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Tina (Ana Hikari) e Anderson (Juan Paiva) em 'Malhação: Viva a Diferença' (Foto: Globo/Marilia Cabral)

Ana com seu pai, Almir. Foto – reprodução.

A atriz Ana Hikari vê o preconceito de sua mãe fictícia na novela Malhação. E na vida real ela também já presenciou caso parecido, e envolvendo o seu próprio pai.

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Almir Almas, professor de cinema, é o pai da jovem atriz. E assim como ela, é descendente de asiáticos. Mas um fator determinante para o racismo que ele já sofreu algumas vezes é a sua descendência afro.

“Minha mãe já foi abordada por estranhos, falaram que ela estava sendo seguida por um cara suspeito, só porque meu pai é negro. São ocorrências cotidianas, situações de racismo e preconceito que acontecem com todo mundo e com frequência até hoje, infelizmente”, declarou Ana.

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O seu pai, vale dizer, não está mais junto da mãe da atriz, a odontopediatra Makiko Takenaka. Mas eles mantêm uma boa relação.

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Sobre a relação de seu pai com a família da mãe, Ana declara: “Ele sempre foi bem aceito na família da minha mãe e vice-versa. Essa é a principal diferença entre eles e a Tina e o Anderson”.

Ela ainda relatou outra situação para lá de constrangedora que o pai enfrentou: “No ano passado, ele foi à farmácia comprar um lenço de papel para mim, porque eu tenho rinite. A gerente pediu para ele se retirar, disse que ele ia roubar a loja. Meu pai tentou se explicar, falou que só ia comprar um lenço, e ela soltou: ‘Está na cara que você não tem dinheiro’. Ele até abriu boletim de ocorrência, o processo está em andamento, mas é um marasmo, né?”.

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A atriz relembra uma cena da novela com situação semelhante: “Em uma cena em que o Anderson foi barrado pelos seguranças na porta do colégio, eu me entreguei por inteiro. Pensei em quantas pessoas que conheço já estiveram naquele lugar, numa situação tão constrangedora. Eu fico me emocionando de verdade pensando no que meu pai e minha mãe passaram”.

“A gente vive em um país que se diz miscigenado. Mas, na verdade, existe muito preconceito, está intrínseco no nosso dia a dia. Acho que o texto do Cao [Hamburger, autor da temporada] é muito feliz por mostrar que as diferenças podem existir e coexistir. Nós precisamos debater. Não adianta falar que somos todos iguais, porque não somos. Somos diferentes, o que vamos fazer a respeito? Conviver ou brigar?”, questionou Ana.

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Com informações do site Notícias da TV.

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