Dívida milionária! Supermercado tradicional tem as portas fechadas após anos de tradição no setor; confira os bastidores
O setor supermercadista no Brasil enfrenta desafios constantes, e a falência de grandes redes serve como um alerta para empresários e investidores.
Um dos casos mais emblemáticos é o do Grupo Modelo, que, após anos de dificuldades financeiras, viu suas portas fechadas e seus bens penhorados para quitar dívidas milionárias.
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Porém, o que muitos desconhecem, são os bastidores desse desfecho. Afinal, o que ocasionou o fim desse empreendimento gigante e cheio de história? O que aconteceu após sua falência?
O TV Foco reuniu as últimas informações sobre o fim dessa rede de supermercados, conforme informações do portal folhamax; confira à seguir!
O que foi o Grupo Modelo?
Fundado há mais de 30 anos, o Grupo Modelo se destacou como uma das maiores redes de supermercados do Mato Grosso.
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Com uma base de clientes fiel e uma estratégia de preços competitivos, a empresa conseguiu expandir sua atuação e consolidar uma forte presença regional.
No entanto, o crescimento acelerado trouxe desafios. O aumento das despesas operacionais e dificuldades na gestão financeira colocaram a rede em uma posição vulnerável.
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Logo, as dívidas se acumularam rapidamente, tornando-se insustentáveis, e isso foi o começo do fim do empreendimento que movimentava milhões na região.
O colapso financeiro
O ponto de ruptura ocorreu em julho de 2014, quando o Grupo Modelo teve sua falência decretada. A dívida total da empresa chegava a R$ 184 milhões.
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O fechamento das lojas gerou um forte impacto na economia local, causando a perda de centenas de empregos e deixando um vácuo no mercado supermercadista da região.
Além disso, o processo de falência envolveu disputas judiciais prolongadas e a busca por alternativas para pagamento dos credores.
Bens penhorados
Contudo, o que muitos não sabem é que apesar de mais de 10 anos terem se passado desde a falência, a empresa ainda enfrenta pendências financeiras.
Atualmente, a dívida remanescente gira em torno de R$ 2 milhões, um valor bem inferior ao original, mas que ainda gera transtornos para os credores.
Recentemente, a Justiça determinou a penhora de bens como parte do processo de liquidação da dívida. Entre os ativos penhorados estão:
- Cinco caminhões Mercedes-Benz L1620;
- Um veículo de passeio;
- Outros bens que ainda podem ser leiloados para completar a quitação.
Os caminhões, segundo o seucreditodigital, foram devolvidos ao Banco Master, que agora assume a responsabilidade pelo processo de liquidação desses bens.
O impacto da falência no mercado
A falência do Grupo Modelo não afetou apenas a empresa e seus funcionários, mas também deixou um impacto duradouro no mercado regional.
Durante três décadas, a rede teve um papel fundamental na economia do Mato Grosso, movimentando o setor supermercadista e gerando empregos diretos e indiretos.
Porém, com seu fechamento, outras redes de supermercados tiveram que suprir a demanda deixada pelo grupo, e a concorrência no setor foi alterada.
Por fim, a falência do Grupo Modelo serviu de alerta para outras empresas, demonstrando os riscos de uma gestão financeira falha e a importância do planejamento estratégico em momentos de crise.
Como ocorre a penhora de bens durante o processo de falência de uma empresa?
A penhora de bens ocorre para garantir o pagamento dos credores após a falência de uma empresa. Esse processo faz parte da liquidação dos ativos e segue regras definidas pela legislação.
Primeiramente, o juiz responsável analisa os bens que ainda possuem valor de mercado, como imóveis, veículos e equipamentos. Em seguida, ele decreta a penhora desses ativos para que sejam utilizados no pagamento das dívidas.
Depois dessa decisão, os bens passam por uma avaliação detalhada e seguem para um leilão público. O dinheiro arrecadado é distribuído entre os credores, seguindo uma ordem de prioridade estabelecida pela lei.
Durante todo o processo, o administrador judicial supervisiona cada etapa, garantindo que os bens sejam corretamente identificados e vendidos.
Em casos de garantias fiduciárias, a restituição ocorre de forma direta ao credor. Foi o que aconteceu com o Grupo Modelo, por exemplo.
Com isso, a penhora se torna uma solução para minimizar os prejuízos dos credores e garantir que parte das dívidas seja quitada da maneira mais justa possível.
Considerações finais
O caso do Grupo Modelo reforça a necessidade de planejamento financeiro sólido para evitar que empresas de grande porte enfrentem colapsos irreversíveis.
O acúmulo de dívidas e a falta de estratégias eficazes para equilibrar as contas foram fatores determinantes para o fechamento dessa gigante do varejo.
Além disso, outro ponto que chamou atenção é o tempo envolvido para o pagamento das dívidas, demonstrando o quão complexo pode ser o processo de falência.
Por fim, a penhora de bens é uma tentativa de reduzir os impactos financeiros e saldar parte das dívidas, que pode finalmente por um ponto final no triste desfecho da rede de supermercados.
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