R$2BI em dívidas: Empresa de ônibus n°1 do Brasil tem falência decretada e é engolida por rival no ES

Com R$2 bilhões em dívidas, maior empresa de ônibus do Brasil tem falência decretada e acaba sendo assumida por concorrente

03/05/2025 22h45

4 min de leitura

Imagem PreCarregada
R$2BI: N°1 dos ônibus vai à falência e é engolida por rival no ES (Foto: Reprodução/ Internet)

Com R$2 bilhões em dívidas, maior empresa de ônibus do Brasil tem falência decretada e acaba sendo assumida por concorrente

Com mais de 70% do território brasileiro coberto por suas linhas e uma frota que chegou a 1.700 ônibus, a empresa fundada no Espírito Santo foi referência no transporte rodoviário de passageiros no país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, em 2022, essa potência sobre rodas teve sua falência decretada, após acumular mais de R$ 2 bilhões em dívidas tributárias e trabalhistas.

Um colapso que marcou o fim oficial da outrora maior viação do Brasil. Trata-se da Viação Itapemirim, que por muitos anos foi sinônimo de estrada, inovação e presença nacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Conforme apurado pelo TV FOCO, a decadência da empresa foi impulsionada por má gestão, disputas familiares, investimentos ruins e escândalos financeiros envolvendo o empresário Sidney Piva.

Esse que, de acordo com as informações da ‘Wikipédia’, chegou a criar a companhia aérea ITA, que teve um fim bem rápido, agravando ainda mais a crise financeira da holding.

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Com o nome arranhado e bens bloqueados, a situação tornou-se insustentável, levando à falência decretada pela Justiça paulista.

http://www.otvfoco.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg
Itapemirim, fundada no Espírito Santo, teve a falência decretada em 2022 (Reprodução/Foto: Itatemirim/Divulgação)

Crise, fim e reviravolta

Após a falência decretada, com o grupo Itapemirim fora de operação, o futuro de suas rotas ficou incerto, até que a empresa paulista Suzantur entrou em cena e engoliu o que sobrou da n°1.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após disputa judicial com a ANTT e críticas de concorrentes como a Viação Garcia e o Grupo Comporte, a Suzantur foi autorizada a arrendar parte da massa falida da Itapemirim e iniciou as operações em algumas das principais rotas interestaduais da antiga companhia.

Apesar das polêmicas e embates jurídicos, a Suzantur segue operando sob a marca Nova Itapemirim, com ônibus caracterizados pelas cores tradicionais da empresa capixaba.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O arrendamento, inicialmente firmado por 12 meses e prorrogado por mais 12, foi alvo de críticas por supostos privilégios e questionamentos sobre a capacidade técnica da Suzantur em operar todas as linhas herdadas.

No entanto, a Justiça manteve a autorização, mesmo diante da pressão de grupos rivais. A reestreia da Nova Itapemirim foi marcada por viagens simbólicas, como a ligação entre São Paulo e Curitiba, retomando parte da tradição da empresa original.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda que o cenário esteja longe da estabilidade definitiva, a marca Itapemirim ganhou sobrevida pelas mãos da Suzantur, que agora busca consolidar sua posição no mercado rodoviário nacional em meio a um ambiente de forte concorrência e expectativas dos credores.

http://www.otvfoco.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg
Suzantur arrendou a massa falida da Itapemirim (Foto Reprodução/Internet)

Ademais, enquanto o futuro da operação segue em disputa judicial e administrativa, uma coisa certa é que a Itapemirim que dominou o país nos anos 80 e 90 não existe mais.

No lugar, surgiu uma nova versão, nascida dos escombros de uma gigante que um dia já foi orgulho nacional, agora gerida pela rival que engoliu o que restou da lendária viação capixaba.

Considerações finais

Qual a diferença da falência para a recuperação judicial?

Conforme o portal Vem Pra Dome, ambos os institutos visam a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.

Na recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.

A ideia da recuperação é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, considerado irrecuperável.

Confira mais matérias sobre falência clicando aqui.

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Larissa Caixeta é redatora no TV Foco desde 2023 e atua na produção de conteúdos voltados aos bastidores da TV, ao universo das celebridades, ao futebol e aos principais acontecimentos do momento. Além disso, também se dedica à cobertura de temas de interesse público, como benefícios sociais, beleza, saúde e assuntos que impactam diretamente o dia a dia do leitor. Desenvolve seu trabalho com responsabilidade e precisão, sempre em sintonia com o que acontece no Brasil e no mundo. Contato: larissa.caixeta@otvfoco.com.br

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.