O QUE ROLOU?!
Rede nº1 dos shoppings, rival das Casas Bahia e +1: 3 lojas queridinhas no Brasil e a falência após auge
23/01/2025 às 6h00

Ascensão e queda: Três lojas queridinhas do país enfrentaram a falência após momentos de maior auge no Brasil; Entenda o que rolou
É incontestável que o mercado varejista brasileiro já passou por grandes transformações, marcadas pelo sucesso e pelo declínio de importantes redes que, apesar do seu auge e uma conquista relevante no mercado, acabaram tendo um desfecho não tão glorioso.
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Este é o caso de três grandes redes que marcaram época no Brasil:
- A Ultralar, rival da Casas Bahia;
- A icônica DB Brinquedos;
- E por fim, a Ricardo Eletro, a nº1 dos shoppings brasileiros.
Sendo assim, a partir de informações coletadas no Canal 90, do YouTube, na Folha de S.Paulo e no portal Exame, a equipe especializada em economia do TV Foco traz todos os detalhes da história dessas três redes, que até hoje marcam a memória de milhares de consumidores.
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1- Ultralar- Rival das Casas Bahia:
Fundada no ano de 1956, a Ultralar fazia parte do grupo Ultragás e cresceu rapidamente, diversificando seus negócios.
Na década de 90, quando a mesma já estava consolidada, ela era vista como rival da Casas Bahia, que, como muitos sabem, é um dos nomes mais fortes do segmento até hoje.
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Uma curiosidade é que a rede entre 1970 e 1973 chegou a abrir capital na Bolsa de Valores. Além disso ela inaugurou o seu primeiro hipermercado, o Ultracenter, em São Paulo, o qual anos mais tarde foi comprado pelo Carrefour:
Queda no auge:
- Porém, logo no início da década de 90, quando estava no auge, o Grupo Ultra passou a desinvestir em áreas fora de seu negócio principal, que incluía a distribuição de gás e petroquímica.
- O Grupo Susa Vendex comprou a Ultralar, que na época possuía 44 lojas. No entanto, as mudanças no mercado e a modernização da rede não evitaram sua falência.
Infelizmente, em maio dos anos 2000, a Justiça decretou sua falência após a empresa enfrentar sérias dificuldades financeiras e não conseguir pagar uma dívida de R$ 148,2 mil, conforme noticiado pelo Diário do Grande ABC.

Vendida às Casas Bahia:
Pouco tempo antes, para evitar uma catástrofe ainda maior, a Ultralar chegou a entrar em negociação com o Ponto Frio (Atualmente chamado apenas de Ponto) a fim de vendê-la, mas isso nunca se concretizou.
Entretanto, em meio à situação de falência e sem saída, a Ultralar acabou sendo vendida por completo logo para a sua principal rival, a Casas Bahia, que acabou dominando todos os seus pontos de vendas naquele mesmo ano.
Uma curiosidade interessante é que, desde o ano de 2010, o Ponto e a Casas Bahia fazem parte do mesmo grupo, o Via Varejo, mas isso é outra história …
Ao procurar manifestações oficiais das mencionadas neste texto, as mesmas não foram encontradas, porém, o espaço permanece em aberto.

2- DB Brinquedos:
A DB Brinquedos foi uma icônica rede varejista brasileira especializada na venda de brinquedos, fundada nos anos 1980.
Com o passar dos anos, a empresa tornou-se referência no setor, chegando a possuir 35 lojas e dominando cerca de 40% do mercado só na região Sul do Brasil.

A varejista também era conhecida nacionalmente por seu grande porte, muitas vezes comparada a verdadeiros mercados exclusivos de brinquedos, atraindo um grande público infantil.
O seu maior auge foi quando a rede passou a ganhar mais notoriedade através de sua presença em programas de TV, como o Shop Tour.
Declínio e falência:
No entanto, a partir de 1994, a empresa começou a enfrentar dificuldades devido à forte concorrência dos camêlos, que passaram a vender brinquedos importados a preços muito mais baixos.
Esse fator afetou significativamente as vendas da DB Brinquedos, que naquela altura já nãoconseguia mais competir com os preços mais acessíveis dos concorrentes informais .
A crise financeira se agravou rapidamente, e, em 1997, a empresa encerrou oficialmente suas atividades .
De acordo com a Folha de S.Paulo, ela possuía cerca de 20 credores, incluindo a gigante Estrela, Candide e Tec-Toy, em uma dívida total de R$30 milhões:
- R$ 6,8 milhões em dívidas com o Banco de Crédito Nacional;
- R$ 7,7 milhões devidos ao JP Morgan.
- R$ 5 milhões em impostos.
Em meio à crise, Paulo Benzotti, gerente nacional de vendas, afirmou: “Não dá mais para assumir riscos.”
A falência da empresa representou um marco para o setor de brinquedos no Brasil, evidenciando as dificuldades enfrentadas pelas grandes redes varejistas diante de um mercado competitivo.
- Declarações oficiais da empresa sobre a falência: Não foram apresentadas declarações oficiais da DB Brinquedos sobre sua falência.
3- Ricardo Eletro – Loja nº1 dos shoppings:
Por fim, temos o caso da Ricardo Eletro, fundada em 1989 por Ricardo Nunes, em Divinópolis, Minas Gerais, que rapidamente se tornou uma das principais redes de varejo de eletrodomésticos do Brasil.
Inclusive, a loja era considerada nº1 dos shoppings pelo Brasil, ainda mais durante o seu maior auge de expansão, onde a mesma dominava cidades como:
- São Paulo;
- Belo Horizonte;
- Rio de Janeiro.
Com um modelo agressivo de expansão e uma estratégia focada em preços baixos e promoções, a empresa chegou a operar com 1.200 lojas em todo o país.

Mas, apesar do crescimento expressivo, a Ricardo Eletro começou a enfrentar sérios problemas financeiros:
- De acordo com o portal Exame, só em 2022, a empresa foi alvo de dois pedidos de falência.
- Entretanto, a Justiça de São Paulo suspendeu a decisão, o que gerou uma série de dúvidas entre os credores.
- O desembargador Maurício Pessoa, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial de São Paulo, justificou a suspensão alegando que a quebra poderia causar danos irreversíveis.
Crise e escândalos
As dificuldades financeiras da Ricardo Eletro tiveram início em 2015, quando o fundador, Ricardo Nunes, foi acusado de sonegação de impostos.
Em julho de 2020, ele chegou a ser preso, mas foi liberado após prestar esclarecimentos, conforme podem ver no vídeo abaixo:
Na ocasião, a empresa emitiu um comunicado oficial:
“A operação fez parte de processos anteriores à gestão atual da companhia e diz respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares, não tendo nenhuma ligação com a gestão atual da companhia.”
Além disso, reforçou que Nunes e seus familiares não faziam mais parte do quadro de acionistas desde 2019.
Inclusive, Ricardo Nunes vendeu a sua participação para o executivo Pedro Bianchi.
Recuperação e fechamento:
Em agosto de 2020, a Ricardo Eletro entrou com um novo pedido de recuperação judicial. Na época, as dívidas da empresa somavam aproximadamente R$ 4 bilhões.
As medidas adotadas incluíram:
- Fechamento das últimas 300 lojas;
- Demissão de 3.600 funcionários;
- Aprovação do plano de recuperação por 75% dos credores, embora ainda não estivesse homologado.
Desde 2022, a Ricardo Eletro já operava apenas com e-commerce, mas com um portfólio reduzido de produtos.
Qual foi o desfecho da Ricardo Eletro?
Em abril de 2023, a Ricardo Eletro ressurgiu sob o nome Nossa Eletro, conforme noticiado pela Veja.
A nova marca inaugurou duas lojas em Minas Gerais e traçou planos ambiciosos de expansão, com a meta de abrir entre 18 e 20 lojas ainda em 2023 e atingir 50 unidades em 2024.
Atualmente, a empresa conta com cerca de 100 funcionários e tem se esforçado para recuperar a confiança do mercado. Pedro Bianchi, o CEO, decidiu investir na expansão após a liberação de valores antes penhorados pela Justiça.

Segundo Bianchi, a dívida da empresa está calculada em aproximadamente R$ 3 bilhões. Ele também negocia com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para liquidar um passivo de R$ 1,2 bilhão.
O executivo declarou:
“É uma negociação complexa, porque envolve o pagamento de dinheiro e ativos da empresa, mas eu quero quitar esses passivos todos.”
Com essa nova abordagem, a expectativa é que a Nossa Eletro consiga recuperar parte do espaço perdido no setor varejista e reconquistar a confiança dos consumidores.
Tanto que em suas redes sociais oficiais, a rede já conta com 2.098 seguidores, como podem ver por aqui*.
Para saber mais informações sobre as falências de grandes empresas e varejistas, clique aqui.*
Conclusões:
Três grandes varejistas brasileiras, Ultralar, DB Brinquedos e Ricardo Eletro, experimentaram uma ascensão meteórica e um declínio abrupto.
A concorrência acirrada, mudanças no mercado e problemas financeiros internos foram fatores determinantes para suas falências.
No entanto, de todas elas, a Ricardo Eletro chegou a ressuscitar. Após um período de dificuldades, renasceu como Nossa Eletro, buscando recuperar sua posição no mercado.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.