O ministro da Economia, Paulo Guedes, reclamou de pressões sofridas para finalizar o texto da reforma tributária. Segundo ele, a medida que provoca a maior polêmica é a taxação de 20% sobre dividendos empresariais, atualmente isentos.
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“Nós temos tecnologia para fazer tudo direito. Mas você sabe que é muito mais difícil no mundo real. Tem lobby, tem pressão, tem de tudo: lobisomem, mula sem cabeça, criatura do pântano, pirata privado”, afirmou Guedes durante evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas.
Para Guedes, o texto está na direção certa. Ele alegou ainda que só o Brasil não tributa dividendos.
“A renda dos mais ricos não interessa se vem de salários, alugueis, bônus bilionários ou dividendos, ela devia cair no progressivo [tabela do IR em que a alíquota vai crescendo conforme a faixa de renda] e ponto final”, declarou o ministro. “É muito difícil você explicar o imposto sobre dividendos estar entre 20 e 40% no mundo inteiro, e no Brasil é zero.”
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Ontem (9), o relator do texto na Câmara, Celso Sabino, disse que o texto deve ser “todo alterado”. “Estamos construindo uma proposta que vai alterar substancialmente o texto que chegou. Vai mudar praticamente todo, com muitos ajustes e aperfeiçoamentos”, disse à Folha após encontro com Guedes e Arthur Lira, presidente da Câmara.
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