Roberto Justus fala sobre favoritismo da Record em relação a Flávia e Marcos e dispara sobre críticas: “Mais a vontade não dá pra ficar”


O apresentador Roberto Justus no comando de A Fazenda. (Foto: Reprodução/Record)
Roberto Justus apresenta "A Fazenda" (Foto: Reprodução)
Roberto Justus apresenta “A Fazenda” (Foto: Reprodução)

Roberto Justus falou com o TV Foco.

Conforme o TV Foco já antecipou aqui, na noite desta quinta-feira (7) aconteceu a grande final da Fazenda comandada por Roberto Justus. Flávia Viana se consagrou como a grande campeã da temporada e faturou o prêmio de 1,5 milhão de reais. A loira conseguiu superar o favoritismo de Marcos Harter e recebeu cerca de 37 milhões de votos, cerca de 11 milhões a mais que o doutor que teve 26 milhões.

O TV Foco estava presente na grande final do programa e conseguiu uma entrevista com o apresentador Roberto Justus. O apresentador falou sobre diversos assuntos como as críticas que recebeu por seu jeito de comandar o reality show e também sobre o tal favoritismo da Record em mostrar muitas cenas de Marcos Harter e Flávia Viana.

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Confira abaixo:

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Sobre a torcida, de quem seria o campeão? 

Justus: “Eu faço um exercício comigo mesmo que é de me abstrair desse tipo de coisa. Eu acho que o apresentador se envolve, a gente se envolve com todos eles e acaba deixando escapar. Claro que eu tinha minha torcida, tinha uma simpatia por um ou por outro. Eu sabia que o Matheus tinha menos chance porque os dois foram os grandes protagonistas. As pessoas reclamam: ‘Ah, mas vocês do R7 mostram mais o Marcos e a Flávia’. E quem é que a gente vai mostrar? Eu pergunto para essas pessoas: alguém deitado na cama dormindo ou alguém falando, xingando, pulando, dançando. Isso aqui é televisão. A câmera vai atrás de onde a ação está ocorrendo. Eles foram os maiores protagonistas da Fazenda e com certeza mereceram estar nessa final. O Matheus por outro motivo merecia estar. É um menino doce que andou tendo bons resultados através das boas provas que ele fez e a performance incrível que ele teve de escapar das roças, mas ele nunca foi testado. Então talvez pela falta de protagonismo ele teria saído em alguma roça, não se sabe. A graça nesse programa está nisso, o jogo vai indo, é muito legal de se observar. Eu não tinha a menor noção que essa poderia ser a final, mas eu achava dentro de mim que seria a mais justa.”

Flávia Viana foi a grande campeã da Fazenda (Foto AgNews - Eduardo Martins)
Flávia Viana foi a grande campeã da Fazenda (Foto AgNews – Eduardo Martins)

Dos três realities que você apresentou, qual foi o melhor de apresentar e qual você mais gostou?

“Essa é uma pergunta engraçada. As pessoas criam certos paradigmas em relação a você. Eu acho que se você é um bom apresentador, eu me considero um bom apresentador, quer dizer tem outros melhores, não tenho dúvidas disso. Ninguém é perfeito, mas você tem que ter um jogo de cintura para se adequar aquilo que você está apresentando. Eu acho que a Record hoje, nessa final, mostrou que a televisão é entretenimento de primeiríssima grandeza. Se vocês olharem do começo ao fim a transmissão ao vivo com esse cenário que foi criado, com o timing perfeito de tudo que saiu. E quando você está dependendo mais de entrevistar pessoas e falar com participantes, é difícil fazer o timing acontecer. Com os VTs foram incríveis, o VT do amor, o VT dos vtezeiros, a brincadeira da internet, das punições, então tudo isso foi emoção pura. Foi divertido. Eu via todos se divertindo vendo tudo aquilo. Uma brincadeira de desvendar quem tinha feito o xixi, tudo que foi jogado nesta temporada e tudo o que conseguimos e o mérito dessa maravilhosa produção que nós temos. Eu consegui trazer tudo isso em um programa de uma hora e meia de duração, eu tive que costurar tudo isso de uma forma que passasse para as pessoas todas as informações e ao mesmo tempo uma emoção. Naquele texto final que nós construímos juntos com os redatores, aquilo foi um resumo de que nós conseguimos sintetizar toda essa emoção que foi participar desse projeto. Respondendo mais uma vez, o apresentador bom é aquele que passa pelo programa e o conduz. Esse programa exige um maestro e um condutor, o Aprendiz exigia o chefe durão e implacável que fazia parte do contexto editorial do programa. A Fazenda não. É o Roberto Justus mais no nicho entrevistador que deixa o entrevistado falar, mas que tem conhecimento e tem a entonação suficiente para travar um diálogo com diversos assuntos. Os games shows que eu fiz no SBT… São quase 15 anos de televisão. Então às vezes eu leio umas bobagens.”

E sobre as críticas que você recebeu, o que você melhoraria?

“Todos nós temos que melhorar em tudo. Eu, por exemplo, tenho 36 anos trabalhando e tenho que a cada dia melhorar mais. Eu sou incansável com isso, eu acho que todos podemos melhorar, o Sílvio Santos nas besteiras dele, né? Tem coisas que ele faz que eu não faria. Não estou dizendo que ele é ruim não, tô dizendo que ele é nosso rei mago e até ele, eu quis dizer antes que me interpretem mal, tem coisas para melhorar se quiser. A gente aprende a vida toda com tudo. Essa aqui é mais uma edição da Fazenda, se eu vou fazer a próxima não sei, não sei o que vai acontecer, o que sei é que tenho que dar tudo de mim para ser o melhor do que eu fui em outra edição. Aí falam de estilo. Eu tenho um estilo do meu jeito, tenho uma áurea demais. Não sei dizer, não sei decifrar isso, mas eu dei o exemplo só para falar de novo, a diferença do Serginho Malandro para mim tem uma diferença danada. Ele é um bárbaro de um artista, mas ele vai falar com vocês no estilo dele pra cima. Eu não vou fazer isso. O público gosta desse jeito. Eu sou assim, eu não vou mudar porque um crítico ou outro fica falando que tinha que ser um pouco menos engessado e mais natural. Mais a vontade que eu estive lá no ao vivo não dá para ficar, mas esse é o meu natural. Mas, à vezes, não é o que o outro está enxergando.”

“Eu me especializei em reality show. Eu parei para pensar numa coisa: qual foi o apresentador que mais apresentou três formatos tão grandiosos quanto esses três que eu apresentei em reality show? Eu acho que me especializei nesse tipo de programa de confinamento, esse laboratório de seres humanos confinados e tal. De uma forma que os protagonistas sejam eles e não eu, acho que essa é a grande sacada do apresentador.”

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Autor(a):

Eu sou Aaron Tura, publicitário e jornalista, formato na universidade nas Faculdades Integradas Rio Branco. Atuo no mercado de TV desde 2010 sendo um grande admirador da área de atuação de TV e Famosos, com experiência em portal de notícias e na TV. Posso ser encontrado por em minha rede social @aarontura no Instagram