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Rombo de R$100M e 63 unidades lacradas: 2 sentenças para o fim de rede de departamentos nº1

Loja de departamento fecha após rombo milionário e deixa milhares de clientes sem chão (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Freepik/Lennita)

Loja de departamento fecha após rombo milionário e deixa milhares de clientes sem chão (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Freepik/Lennita)

O colapso da gigante do varejo: Rombo de R$ 100 milhões e 63 lojas lacradas selaram o fim de uma das lojas de departamento mais famosas do país

E uma das lojas de departamento mais famosas e nº1 na preferência de milhares de consumidores brasileiros, acabou tendo um fim decretado após duas sentenças devastadores, as quais pegaram todo o setor varejista de surpresa.

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Trata-se da varejista Lojas Brasileiras, conhecidas como Lobras, a qual encerrou suas atividades em 1999 com um rombo de R$ 100 milhões e 63 unidades lacradas, as quais estavam espalhadas por 20 estados brasileiros.

Inclusive, como se deve imaginar, por décadas ela rivalizou diretamente com as Lojas Americanas.

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No entanto, desapareceu oficialmente no ano da virada do milênio, deixando um vácuo no varejo nacional.

Lojas Brasileiras (Foto: Reprodução / Internet)

A queda foi abrupta e emblemática — e marcou o colapso de um modelo de negócio que por muito tempo reinou absoluto nos centros comerciais do Brasil.

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A equipe de economia do TV Foco, com base em informações do portal Wiki, traz abaixo mais detalhes sobre o que levou a rede a esse fim e o que rolou com o que restou dela:

Rivalidade construída desde o nome

Nos anos 80, as Lojas Brasileiras foram assumidas pela família Goldfarb, a mesma dona da Marisa (Foto: Reprodução / Internet)

A era Goldfarb e a tentativa de revitalização

Em 1982, a família Goldfarb, então dona das Lojas Marisa, assumiu o controle da Lobras.

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A operação visava ampliar a presença do grupo no varejo, explorando o segmento de departamentos com duas marcas fortes e bem distribuídas.

Com presença consolidada, a Lojas Brasileiras chegou a operar em 20 estados brasileiros e empregar cerca de 6 mil pessoas.

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No entanto, apesar do aparente vigor, os primeiros sinais de desgaste do modelo já eram visíveis nos bastidores da gestão.

Os anos 90 e o impacto do Plano Real

Como ocorreu com muitas varejistas (conforme iremos explicar abaixo), o golpe final veio com o lançamento do Plano Real, em 1994.

De acordo com Cláudio Felisoni, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (IBEVAR), ao portal UOL, redes como a Lojas Brasileiras vinham mascarando perdas ao reajustar os preços com frequência.

Com a chegada da estabilidade econômica, esse artifício se tornou insustentável. As margens de lucro despencaram e a fragilidade administrativa se escancarou.

A empresa, que antes se beneficiava da inflação alta, viu seu modelo ruir com a moeda estável.

1999: A sentença final

No fim de 1999, o cenário já era irreversível. A Lojas Brasileiras carregava uma dívida de R$ 100 milhões.

Com isso, suas 63 lojas foram lacradas, e milhares de funcionários ficaram desempregados.

Nenhuma declaração oficial foi feita pela direção da empresa na época, e o fechamento aconteceu sem cerimônia.

A ausência de um plano de reestruturação ou recuperação judicial evidenciou a falta de preparo para enfrentar o novo cenário econômico.

A família Goldfarb, diante da crise, optou por focar exclusivamente nas Lojas Marisa, as quais seguem ativas até hoje.

A Marisa acabou substituindo os espaços deixados pela Lojas Brasileiras (Foto Reprodução/Internet)

A derrocada de um setor inteiro:

Porém, a Lojas Brasileiras não tombou sozinha.

Na mesma época, outras redes de departamento também decretaram falência ou fecharam as portas, como:

Todas elas vinham de modelos de negócio semelhantes e foram igualmente impactadas pela nova lógica econômica do país.

A estabilização da moeda e a exigência de uma gestão mais eficiente derrubaram marcas que pareciam inabaláveis no imaginário dos consumidores.

O que restou da Lojas Brasileiras?

Desde o encerramento das atividades, a Lojas Brasileiras não retornou ao mercado, nem como marca, nem como projeto de reestruturação.

Seus ativos físicos foram desmontados, as lojas desativadas e os funcionários desligados.

A única sobrevivente do grupo foi a Lojas Marisa, que herdou parte do espaço de mercado, mas seguiu outro caminho, voltado para moda e vestuário.

A Lobras, por sua vez, permaneceu como um símbolo nostálgico dos anos 80 e 90, citada apenas em retrospectivas sobre o varejo brasileiro.

Conclusão:

Em suma, o fim da Lojas Brasileiras marcou o colapso de um modelo de negócio que não acompanhou a evolução do mercado.

A estabilização econômica exigiu agilidade e gestão eficiente — características ausentes na Lobras.

Sua queda revelou os bastidores frágeis de um setor antes glamouroso e expansivo.

Hoje, a marca sobrevive apenas na memória de quem viveu os corredores cheios e as vitrines luminosas do varejo que não volta mais.

 Mas, para conhecer mais histórias de outras varejistas e bastidores do varejo, clique aqui*.

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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