Sem tributo, nova série sobre Roger Abdelmassih é vista como divisor de águas na Globo


Antonio Calloni interpreta Roger Abdelmassih na série Assédio. (Foto: Divulgação/Globo)
Antonio Calloni interpreta Roger Abdelmassih na série Assédio. (Foto: Divulgação/Globo)
Antonio Calloni interpreta Roger Abdelmassih na série Assédio. (Foto: Divulgação/Globo)

Na próxima sexta-feira (21), a Globo disponibiliza, através da sua plataforma de streaming, o Globo Play, os dez episódios da série Assédio, escrita por Maria Camargo (Dois Irmãos).

A produção, que é baseada no livro A Clínica, de Vicente Vilardaga, e livremente inspirada nos casos de estupro cometidos pelo ex-médico Roger Abdelmassih, é vista como um divisor de águas na Globo.

Como bem informa a jornalista Cristina Padiglione, a TV brasileira sempre relutou em produzir atrações que narrem a trajetória de um personagem baseado em alguém da vida real sem que o mostre como uma figura praticamente isenta de defeitos.

Assédio é considerada a primeira produção da Globo a girar em torno de um personagem da vida real sem fazer algum tipo de tributo a ele. Até mesmo produções como JK (2006), que narrava à história do ex-presidente Juscelino Kubitschek, figura à qual o Grupo Globo se opôs durante seu mandato, fez questão de omitir os defeitos do seu protagonista e enaltecer suas qualidades.

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Tudo isso se dá, claro, para evitar possíveis problemas judiciais. No caso de Assédio, a equipe de produção contou com um suporte especial do departamento jurídico da Globo para não enfrentar transtornos desse tipo. Uma das medidas foi alterar os nomes de todas as figuras retratadas na trama, incluindo o do protagonista, vivido por Antonio Calloni, que foi batizado de Roger Sadala. O fato de Abdelmassih já ter sido condenado pela justiça foi fundamental para que o projeto tivesse sido levado adiante.

“É uma escolha corajosa da TV Globo, esse é um dos maiores méritos do projeto, a meu ver, e aproveito para agradecer a Maria (Camargo), ao Silvio de Abreu e à Monica Albuquerque, que confiaram na realização do projeto”, declarou a diretora Amora Mautner.

A autora Maria Camargo também explicou o processo de criação da trama partindo da vida real, e os limites entre os fatos e a ficção: “Desde o princípio do projeto, quando apresentei a ideia, sabia quer teria que ser ‘livremente inspirado em’. A gente parte da vida real, mas o resultado final disso não é vida real, é ficção: os nomes foram todos trocados. O Roger é Roger Sadala. A gente chegou a pensar em outro nome, e no final, achou que era interessante usar o prenome, obviamente o sobrenome não precisaria ser o mesmo, mas, ao usar ‘Roger’, a gente não está omitindo, a gente não quer negar esse ponto de partida, e os créditos do livro estão lá na abertura. O caso é que ele foi realmente um condenado da Justiça. Isso é que permitiu que fizéssemos a série”.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.