Sucesso em musicais, Sérgio Dalcin estreia na televisão e fala sobre a nova fase: “O foco principal sempre foi a carreira solo”


Sérgio Dalcin concedeu uma entrevista exclusiva ao TV Foco; Confira na íntegra! (Foto: Sérgio Santoian)
Sérgio Dalcin concedeu uma entrevista exclusiva ao TV Foco, e falou sobre a estreia no Canal Gloob; Confira na íntegra! (Foto: Sérgio Santoian)
Sérgio Dalcin concedeu uma entrevista exclusiva ao TV Foco; Confira na íntegra! (Foto: Sérgio Santoian)

O Brasil é um berço repleto de profissionais talentosos, e isso não é dúvida para ninguém. A cada ano, surge uma nova remessa que promete novidades aos palcos e produções,  sejam elas na TV, cinema, teatro ou música. E quando todas elas se reúnem na figura de uma pessoa? Nesse contexto, uma pessoa tem ganhado muito destaque. De olhos verdes, Sérgio Dalcin é natural de Bela Vista do Paraíso, cidade do interior paranaense. Antes de ingressar no meio artístico, ele ajudava o pai na colheita de soja, cultivo do milho e também na pecuária. Em território carioca, seu primeiro trabalho foi como figurante em novela. Anos depois a carreira começou a decolar.

Com trabalhos na área publicitária, Sérgio partiu para o teatro em Por uma Noite – Um Sonho nos Bastidores da Broadway (2010). No mesmo ano foi convidado para integrar o elenco da versão brasileira de Hair, como parte do coro e substituto de Hugo Bonemer, um dos protagonistas. Em 2013, Sérgio participou do filme Somos Tão Jovens, inspirado na vida de Renato Russo, com o personagem Petrus. Ele ainda protagonizou o musical Peter Pan, que teve apresentação única no Rio de Janeiro.

Sua estreia na televisão acontecerá no próximo dia 20, com o professor de música Pedro na segunda temporada de Gaby Estrella (Canal Gloob/ Globosat), novela infantil que recentemente foi indicada ao Emmy Internacional. Já começou com pé quente! Sérgio Dalcin revelou detalhes sobre a sua infância no interior, período de transição para o Rio de Janeiro, além de muita coisa interessante sobre carreira e até brincou em relação ao apelido de “Brad Pitt brasileiro” que ganhou do público.

Mesmo com o intenso trabalho nas artes cênicas, a maior paixão de Sérgio sempre foi a música. Em parceria com Chitãozinho e Xororó, ele lançou o single Caipira (disponível na loja do iTunes). Até o final do ano, acontecerá o lançamento do seu EP em carreira solo. Atualmente, ele está em turnê por Minas Gerais com o espetáculo  Milton Nascimento – Nada Será Como Antes, com ótimo público. O cantor tem o simples objetivo de que sua música possa levar amor e alegria ao maior número de pessoas possível.  Um artista para ficar de olho!

Confira a entrevista na íntegra:

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Marcos Martins: Como foi a sua infância no interior do Paraná?

Sérgio Dalcin: Foi linda. Infância típica das raízes do campo e de cidadezinha do interior. Até os 5 anos de idade, morei e fui criado no sítio, sentindo o cheiro da terra e correndo pelos pastos. Depois, me mudei para o centro de Bela Vista do Paraíso-PR, lugar lindo, com pouco mais de 15 mil habitantes, onde comecei a estudar e a fazer amigos. Jogava bola na rua, descalço, todo dia; bolinha de gude com os amigos, carrinhos na terra, entre outras brincadeiras. Sempre que podia, estava eu na cola do meu pai, no sítio ou onde estivesse. Íamos todos os domingos para o sítio do meu tio também, para almoçar com a família toda e ouvir ele tocar violão e cantar “os modão”. Sempre amei a terra, eu vivia na terra.

M.M.: A partir de qual momento surgiu o interesse pela música?

S.D.: Surgiu nesses almoços em família, vendo meu tio tocar e cantar. Ficava hipnotizado com as músicas e já sentia que aquilo era o que eu queria fazer pela vida toda. Comecei, então, a fazer aulas de violão e a descobrir, também, que tinha vocação para o canto. A partir daí, não parei mais, e o amor pela música só foi aumentando.

M.M.: Como foi o início da carreira?

S.D.: No início, formei dupla com meu primo e fizemos algumas apresentações; mas, pouco tempo depois, já estava na carreira como cantor solo, participando de concursos, festivais de música, comícios e eventos, e fazendo participações em shows pela cidade e região.

M.M.: O que motivou a mudança para o Rio de Janeiro? Foi difícil a adaptação?

S.D.: Uma amiga fez o convite para conhecer a cidade e os bastidores das gravações de uma novela. Vim, então, com ela, numa excursão para o Rio, e me encantei com aquele universo da televisão; e aí decidi, com a ajuda de sempre dos meus pais, que passaria a morar e a aprender mais sobre essa arte da interpretação, no Rio de Janeiro. Foi um baita choque, pois eu estava saindo do interior do Paraná, onde os costumes são tão simples e a vida é tão calma, para pisar numa cidade tão grande e movimentada, como o Rio. Não conhecia nada, nem ninguém. Eu tive foi muita coragem e vontade de vencer! Foi dura a adaptação, mas consegui, ou melhor, conseguimos, pois sem minha família, que mesmo de longe esteve sempre tão perto, não seria possível.

M.M.: Você já participou de musicais como “Por Uma Noite – Um Sonho nos Bastidores da Brodway” (2010), adaptação do livro de Luiz Fernando Filgueiras, e também “Hair”, no mesmo ano, montado por Charles Möeller e Claudio Botelho com grande destaque. Anos depois, protagonizou Peter Pan (2013), com produção de Sérgio Machado. O que foi possível absorver nesse período?

S.D.: Muita coisa boa. O musical “Por Uma Noite” foi meu primeiro trabalho, e tudo era muito novo para mim, principalmente por se tratar de um musical, formato com o qual não tinha ainda tanta intimidade. Aprendi muito, assim como em “HAIR” – que considero meu divisor de águas, pelos ensinamentos de vida e de profissão, adquiridos graças ao Charles e ao Cláudio, que sempre levarei no coração. Foi a primeira superprodução da qual participei. Em dois meses corridos de ensaios exaustivos, cada minuto era ocasião para um agradecimento por estar fazendo parte daquilo. Charles e Claudio terão sempre minha gratidão, por tudo o que fizeram e fazem. Já “Peter Pan” foi o primeiro musical infantil, no qual vivi o próprio Peter. Foi incrível o contato direto com todas aquelas crianças se divertindo e cantando comigo!

Não esquecendo de M&B (Moeller e Botelho), cito também outro trabalho que guardo do lado esquerdo do peito, por prestar homenagem aos 50 anos de um grande artista: o musical “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”. Tive enorme prazer e alegria em aceitar esse convite, e, após quatro temporadas de enorme sucesso, fomos contemplados com uma nova turnê por Minas Gerais, numa experiência histórica inesquecível.

M.M.: Em Hair, você interpretava o personagem Steve, mas também era o substituto de um dos protagonistas, o Hugo Bonemer. Foi possível formar um grande vínculo de amizades durante o longo período de ensaio e apresentações? Com quem você ainda mantém contato?

S.D.: Com quase todos ainda tenho contato, mas com alguns não com frequência, em função da correria de trabalho mesmo. Muitas vezes, estamos em turnês em dias iguais e lugares diferentes, por exemplo, e aí fica difícil de se encontrar [risos]. O relacionamento com todos, em “Hair”, para mim, foi ótimo. Tenho saudade de tudo e levo no coração cada um daquele elenco. Tive muito amor também pelo personagem Steve, que eu fazia, o qual me deu a oportunidade de aprender muito. Sobre agradecimento, jamais deixaria de fora meu amigo e conterrâneo Hugo Bonemer.

Eu achava delicado muitas vezes chegar e pedir alguma ajuda, para não atrapalhar ou criar algum desconforto por ser seu sub, mas não existiu a menor cerimônia. Pelo contrário, ele esteve todo o tempo disponível, me ajudando e dando todo o suporte de que eu precisava naquele moment,o em que tinha tanta informação nova chegando, também sendo sub de mais dois personagens. Tão leve foi, que nos tornamos grandes amigos e nos falamos até hoje, com frequência.

Confira um pouco de Sérgio Dalcin no musical:

M.M.: Em 2013, você ainda descolou uma participação no filme Somos Tão Jovens, baseado na juventude do cantor  Renato Russo.  Quais os maiores desafios ao interpretar o complexo André Pretorius, o Petrus, primeiro parceiro do líder da Legião Urbana?

S.D.: Foi um grande presente que Fontoura me deu. Desafio sempre existe, quando se tem algo novo. E com o Petrus não foi diferente. Ele não deixou muita gente no Brasil para contar sobre a sua história, mas as pessoas que me ajudaram bastante nas pesquisas foram Carminha, mãe de Renato, e os irmãos André e Philippe Seabra, que conviveram com ele e me deram um grande suporte sobre sua vida. Além disso, estudei bastante sobre um universo bem distante do meu: o movimento da atitude punk rock, a relação visceral com a guitarra, o cabelo platinado, o jeito rebelde e revoltado e seu envolvimento com as drogas.

Outro grande desafio foi o sotaque, pois Petrus falava seu inglês britânico, morava na Africa do Sul, e fez sua curta trajetória no rock em Brasília, onde viveu por dois anos. Ou seja, deu trabalho [risos], mas um trabalho do qual tenho muito orgulho e pelo qual sinto bastante carinho em ter feito.

M.M.: Agora, em mais um trabalho como ator, você será um dos novos personagens da segunda temporada de “Gaby Estrella”, novela infantil do canal Gloob. O que você pode adiantar sobre o professor Pedro?

S.D.: Pois é, estou diante da realização de mais um trabalho como ator e, mais uma vez, relacionado à música. Estou bem feliz com essa atuação, junto, pela primeira vez , de um elenco tão jovem. Foi enriquecedor notar o comprometimento e vigor de todo mundo. Pedro é o novo professor de música da escola Professor Pedrosa, e será o grande mediador da carreira de Gaby, ensinando a ela que para ser uma cantora de verdade é preciso ter muito mais do que uma bela voz.

Ele é um cara engraçado e desajeitado, quando o assunto é a dança, mas com a chegada da professora Sara Lee, ele viverá situações cômicas, marcadas pela implicância entre os dois, por serem tão diferentes. Ele é um cara muito boa praça, mas quando o assunto é música, ele leva tudo bem a sério e de forma enérgica.

Veja a chamada:

https://www.youtube.com/watch?v=OXa8Kh0PiBM&feature=youtu.be

M.M.: Na televisão aberta, a programação infantil perde espaço a cada ano, em razão dos limites mais rígidos de publicidade e crescimento da TV fechada. Como você observa essa realidade? As crianças estão carentes de conteúdo de qualidade?

S.D.: Não tenho conhecimento desses pontos o suficiente, mas, na minha opinião, acho que tudo se deve a uma falta de incentivo maior à cultura mesmo, desde programas mais educativos, voltados ao público infantil, priorizando não só entreter com desenhos animados mas também ensinar brincando, como foi o caso do Castelo Rá-Tim-Bum, por exemplo.

O Gloob, no caso, é um canal que tem essa linguagem. Temos não só o exemplo de Gaby Estrella, como uma novelinha para esse público, que foi super bem recebida, como também outros quadros de crianças cozinhando, ou estimulando a prática de exercícios, ou até mesmo ensinando como construir seus próprios brinquedos.

M.M.: Mudando um pouco de assunto, é verdade que você é considerado o Brad Pitt brasileiro?

S.D.: Se sou considerado, eu não sei, mas já ouvi esse exagero de algumas pessoas [risos]. De qualquer forma, me sinto lisonjeado. É um jeito do público expressar seu carinho.

M.M.: Além da carreira de ator, você agora também focará bastante na carreira solo de cantor. Esse sempre foi um desejo pessoal?

S.D.: Na realidade, minha carreira nasceu com a música. Os trabalhos como ator surgiram após alguns anos morando no Rio de Janeiro, e, ainda assim, sempre voltados para o lado musical. O foco principal sempre foi a carreira solo, mas a trajetória e os estudos como ator foram cruciais e indispensáveis para o entendimento de uma canção, para presença cênica, auto conhecimento e até mesmo para as minhas composições. Além de agregar novas possibilidades à minha veia musical. Os dois andam juntos, mas a música me move.

M.M.: Quais são as suas principais referências na música sertaneja?

S.D.: São muitas, mas cresci ouvindo e admirando Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico, Tião Carreiro e Pardinho, Chitãozinho e Xororó, João Paulo e Daniel, Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone.

M.M.: Gravar com os renomadíssimos Chitãozinho e Xororó, definitivamente, é o sonho de muitos músicos. Qual foi a sensação de estar lado a lado com esses cantores de tamanha grandeza?

S.D.: Sabe que muitas vezes me pego pensando se foi verdade mesmo? Mas foi! [risos]. Sempre ficará gravada no meu coração a sensação que tive ao encontrá-los. Um tremor que se instalou, por estar ao lado daqueles que cresci ouvindo e sonhando um dia encontrar, e por quase duvidar de que aquilo estava mesmo acontecendo.

Foi inesquecível! Além de terem voz singular, profissionalismo e caráter invejáveis, o que os torna gigantes são a humildade e o amor que demonstram ter pelo que fazem. Jamais esquecerei essa parceria e todo o apoio que Chitãozinho e Xororó têm dado à minha carreira.

Confira o clipe:

M.M.: Como estão os preparativos para o lançamento do seu novo EP?

S.D.: Estou muito empolgado. A música de trabalho “Caipira”, com a paricipação de CH e X , alcançou, em  apenas 24 horas, 250.000 visualizações nas redes sociais. Fiquei muito feliz com como tem sido recebida e com as mensagens de carinho do público. Estamos trabalhando a divulgação ainda em outros veículos de mídia e preparando o lançamento do EP completo, que acredito ficar pronto até o fim de 2014.

M.M.: O que o público pode esperar de Sérgio Dalcin?

S.D.: Um trabalho com o qual venho sonhando há anos e que está sendo preparado e concretizado com muito amor. Estou falando de música sertaneja de boa qualidade, com traços marcantes da minha raiz , o interior, e também um grande toque de romantismo, nesse primeiro trabalho solo.

M.M.: Qual recado você deixa para os seus fãs e também para os nossos leitores?

S.D.: Aos criadores e leitores do TV Foco, agradeço pela oportunidade de poder dividir um pouco da minha história com vocês. A todos os meus fãs , que admiram e acompanham o meu trabalho, muito obrigado por me permitirem fazer o que amo e por todo o carinho. Nada seria possível sem vocês. Muito amor e um grande beijo.

Por Marcos Martins (@MarcosMartinsTV)

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Autor(a):

Jornalista apaixonado pelos meios de comunicação, em especial a TV. (TWITTER e INSTAGRAM: @marcosmartinstv)