Taxa de desemprego recua para 9,8% em maio, melhor taxa desde 2015
30/06/2022 às 8h12
A taxa de desemprego no país ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio deste ano, a menor taxa para o período desde 2015. O resultado representa uma melhora em relação à taxa de 11,2% registrada no trimestre encerrado em fevereiro, que serve de base de comparação. Ainda assim, o país tem 10,6 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade de emprego.
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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua Mensal), divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE.
Recorde de pessoas ocupadas
A pesquisa revela que o número de pessoas ocupadas chegou a 97,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012. Houve um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano.
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“Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2022. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
Na última terça-feira, dia 28, o Ministério do Trabalho e Previdência divulgou que foram criadas 277 mil vagas de emprego com carteira assinada em maio, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo analistas, o resultado apontou para um mercado de trabalho forte em termos de contratação em meio à reabertura econômica, mas frustrante em relação aos salários, que não estão fazendo frente a inflação.
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Além disso, as pesquisas Pnad e Caged não são comparáveis. Os números do Caged são coletados via informações das empresas e englobam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Perspectivas
Apesar da melhora do mercado de trabalho ao longo do primeiro semestre deste ano, motivada pela reabertura econômica e principalmente pela retomada do setor de serviços, analistas temem uma desaceleração da geração de postos de trabalho no segundo semestre.
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Isso porque a combinação de inflação, juros elevados e riscos políticos impactam a atividade econômica, o que dificulta o otimismo dos empresários no que se refere à contratação de profissionais.
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