Tentando cobrir manifestação, jornalista da Record é intimidado por líder de sindicato; assista


Repórter da Record foi intimidado por líder de sindicato (Foto: Reprodução)
Repórter da Record foi intimidado por líder de sindicato (Foto: Reprodução)
Repórter da Record foi intimidado por líder de sindicato (Foto: Reprodução)

Mais um episódio de intolerância contra a imprensa foi registrado recentemente. O repórter Marc Sousa, da Record, tentava cobrir uma manifestação-acampamento em memória da ex-primeira Dama Marisa Letícia, mas foi intimidado por um integrante do MST, que pediu para ele se retirar do local para manter sua “integridade física”.

“Se vocês falarem mal do acampamento, podem ir pra lá onde está o carro da polícia. Eu sou jornalista, sou seu colega e tô te avisando que é pra preservar a tua integridade. O povo tá vindo tudo aí“, diz ele, enquanto um homem e mulheres com camisetas com inscrições de “Lula Livre” se aproximam.

Ao ser questionado pelo repórter se poderiam gravar no local, os jornalistas foram advertidos novamente: “Não seria recomendável, pra quem fala mal do movimento social, tu fica lá do lado do carro da Polícia. Eu tô te avisando pro teu bem”, disse o homem, que se identificou como presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul.

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O militante ainda deu uma justificativa para o tom utilizado contra o repórtr. Ele acredita que as emissoras se uniram a favor de um suposto golpe, provavelmente se referindo ao impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma em 2016.

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Eu acho que a imprensa tá toda junta no golpe. Record, Band, tudo isso aí. Estamos avisando pro teu bem“, ressalta novamente.

Ao site do jornal Zero Hora, o Sindicato do Jornalistas do Rio Grande do Sul rebateu a acusação de intimidação afirmando que a intenção era promover a integridade física do jornalista.

NOTA DO SINDICATO DOS JORNALISTAS

“Diante do atentado sofrido pelo Acampamento Marisa Letícia, pró-Lula, em Curitiba, a imprensa, como é seu dever, foi ao local para fazer a cobertura. O repórter Marc Sousa, da RIC Paraná, afiliada do Grupo Record, ao se aproximar do local para a reportagem, foi aconselhado, pelo presidente do SINDJORS, Milton Simas Júnior, que evitasse aquele ponto do acampamento, de forma a se proteger. A conversa entre os dois foi gravada pelo cinegrafista da emissora e mostra, perfeitamente, a intenção do sindicalista de proteger o profissional, exatamente como deve agir quem representa uma categoria.

“Eu não posso gravar aqui?”, perguntou o repórter. “Não seria recomendável, para quem fala mal do movimento social, daí tu ficas lá perto da polícia. Estou te avisando para o teu bem”. Mais uma vez, o presidente do SINDJORS preveniu o repórter, com o objetivo de protegê-lo de qualquer possível mal estar ou até mesmo agressão física, já que o local onde estava o repórter acolhia muitos manifestantes ainda tensos com o atentado da madrugada contra o acampamento, que deixou uma pessoa ferida gravemente com um dos tiros (induzida ao coma, no hospital).

De acordo com Milton, “é muita gente, não temos controle de todos; lutamos não apenas pela liberdade de Lula, mas pela democracia, pela liberdade de expressão e de imprensa. Com o clima tenso, em função do atentado da madrugada, era impossível saber se o repórter poderia ser ou não agredido, se dissesse alguma coisa que contrariasse os princípios defendidos no acampamento. Por isso, aconselhei que ele fizesse a gravação perto do policiamento, a fim de garantir a integridade dele. Como estamos acostumados a fazer no nosso Estado, defendendo os interesses da categoria”. De acordo com Milton, todos sabem que as grandes redes de comunicação participam do golpe e, por isso, alertou o repórter, como aparece claramente na gravação. O presidente do SINDJORS disse, ainda, que jamais teve a intenção de dificultar ou impedir o trabalho do profissional, mas garantir a integridade física dele, durante a produção da reportagem.

Esse esclarecimento se faz necessário, porque, nas redes sociais, o vídeo está sendo usado de forma distorcida. Acusam o presidente do SINDJORS de não deixar o repórter trabalhar, de ameaça-lo, invertendo a situação e incitando o ódio, já que os comentários são repletos de desconhecimento, intolerância e ignorância, além de má fé, uma vez que a gravação está sendo usada para acusar de forma leviana um sindicalista comprometido com seus pares.”

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Autor(a):

Apaixonado pelo mundo da televisão, Fernando Lopes escreve sobre o assunto no TV Foco desde 2013.