A Globo pode dar um tiro no pé ao colocar uma novela de 2000 para competir com o sucesso do “Hora da Venenosa” durante as tardes

A Globo anunciou mudanças em sua grande de programação, e a inclusão de uma nova faixa de novelas durante a tarde é a sua principal arma para os próximos meses. A emissora escalou a volta de “O Cravo e a Rosa” para tentar alavancar a audiência, após a Record assumir a liderança com “A Hora da Venenosa” em São Paulo.

A exibição do quadro de fofocas do “Balanço Geral” já é um pesadelo para a emissora carioca há um bom tempo. Quando Fabíola Reipert começou a incomodar, a platinada colocou um fim no “Vídeo Show”, que estava no ar desde 1983. Foi aí que o “Se Joga” surgiu, com a responsabilidade de recuperar a liderança isolada.

O problema é que todos perceberam que o programa não foi uma boa ideia. A audiência da Globo simplesmente afundou durante as tardes e deu a liderança praticamente de bandeja para a emissora dos bispos. Com a chegada da pandemia, o programa chegou ao fim, retornou para uma breve temporada aos sábados em 2021, mas já está fora do ar de novo.

Gigante no jornalismo, a Globo também tentou captar mais audiência esticando o horário do “Jornal Hoje”, que era apresentado por Maju Coutinho, mas agora está no comando de Cesar Tralli. Ainda assim, “A Hora da Venenosa” não deixou de ameaçar.

SUCESSO UM POUCO VELHO

“O Cravo e a Rosa” é uma novela que tem todos os elementos necessários para ser um bom folhetim. Escrita por Walcyr Carrasco, que é o coringa da Globo quando as coisas não vão muito bem, a trama é uma comédia romântica estrelada por Adriana Esteves e Du Moscovis. Em todas as reprises, a novela explodiu em números de audiência.

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Esta provavelmente é uma das decisões mais desesperadas da emissora. Mesmo com a exibição de clássicos em reprises como “Império” e “Ti Ti Ti”, a platinada não conseguiu repetir os números e estas reexibições foram verdadeiros fracassos de audiência.

VAI VALER A PENA?

Talvez exibir uma novela com 21 anos de existência não seja a melhor solução para a Globo, que poderia investir em um formato mais popular. Quando o “Se Joga” surgiu, por exemplo, o canal apostou na “fofoca humanizada”, que não passava de uma versão menos interessante do “Vídeo Show”. Talvez, a apelação da Record seja o que o grane público busca atualmente.