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Todas as agências tomadas pelo Itaú: Fim histórico de banco n°1 devasta correntistas em Minas-Gerais (MG)

14/03/2025 às 6h20

Por: Lennita Lee
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Banco importante mineiro, tomado pelo Itaú, teve fim histórico na década de 90 (Foto Reprodução/montagem/Tv Foco/Canva/Lennita)

Colapso e agências indo todas para o Itaú: Encerramento histórico de operações de grande banco causou grande choque entre correntistas mineiros

Em setembro de 1998, um dos maiores bancos brasileiros e nº1 em Minas Gerais (MG) encerrava as suas atividades, deixando milhares de correntistas devastados e tendo que lidar com muitas mudanças.

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Trata-se do banco do Estado de Minas Gerais (BEMGE), uma das instituições financeiras mais tradicionais do estado, a qual acabou transferindo todas as suas operações para o Banco Itaú, por meio de um leilão.

A privatização marcou o fim histórico de uma era no setor bancário mineiro, alterando significativamente o cenário econômico regional.

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Agência da BEMGE na década de 90 (Foto: Reprodução/ Internet)

A partir de informações do Jornal Folha de S.Paulo e ALMG.gov, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo todos os acontecimentos e as consequências geradas por esse fim.

Fundação e trajetória do BEMGE

Fundado em 1967 pela fusão do Banco Hipotecário e Agrícola do Estado de Minas Gerais com o Banco Mineiro da Produção, o BEMGE consolidou-se como o banco estatal controlado pelo governo mineiro.

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Durante décadas, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento econômico de Minas Gerais, oferecendo serviços financeiros essenciais à população e ao setor produtivo.

No entanto, no dia 14 de setembro de 1998, sob a gestão do então governador Eduardo Azeredo, o BEMGE foi privatizado e adquirido pelo Banco Itaú por R$ 583 milhões.

O que representou um ágio de 85,58% sobre o preço mínimo estipulado.

Na época, o banco contava com:

  • 472 agências (sendo 455 em Minas Gerais);
  • 123 postos de atendimento;
  • 1 milhão de clientes;
  • 7.480 funcionários.

Impacto nos clientes e no mercado bancário

A aquisição do BEMGE pelo Itaú teve um impacto significativo nos clientes e no mercado bancário mineiro.

Muitas cidades pequenas, que contavam com o banco como a única instituição financeira local, ficaram de certa forma desassistidas, após o fechamento de agências.

A aquisição do Itaú extinguiu diversas agências, deixando cerca de 300 mil pessoas sem acesso a serviços bancários em suas localidades.

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Na época, a compra ajudou o Itaú a equilibrar a rivalidade com outros bancos (Foto Reprodução/Internet)

De acordo com o portal O Tempo, a rede de atendimento, que era de 489 agências e 235 postos em 1994, foi drasticamente reduzida para apenas 472 agências – total- em 1997.

Além disso, a empresa realizou uma expressiva redução no quadro de funcionários, demitindo mais de 2.000 pessoas entre outubro de 1998 e setembro de 1999.

Posicionamento das autoridades e instituições na época

No entanto, na ocasião, o governo mineiro vigente da época celebrou o sucesso do leilão.

O, até então, secretário da Fazenda, João Heraldo Lima, declarou que a disputa pela compra já era esperada, mas que o “ágio foi uma surpresa”.

Já o ex vice-presidente do Itaú, Olavo Franco Bueno Júnior, disse na época que a aquisição equilibraria a disputa com o Bradesco, primeiro do ranking dos bancos privados.

Além disso, que fortaleceria sua presença em Minas.

Como ficou o Itaú após a compra do BEMGE?

De fato, para o Itaú, a aquisição do BEMGE representou um fortalecimento expressivo no setor bancário nacional.

Afinal de contas, a operação permitiu ao banco expandir sua presença em Minas Gerais e equilibrar a disputa com outras grandes instituições financeiras do país.

O Itaú divulgou um balanço após a privatização, mostrando que o banco atingiu um lucro de R$ 473 milhões no primeiro semestre de 1999, valor que praticamente cobriu o investimento na compra do BEMGE.

Bradesco surpreende a todos com compra para desbancar o Itaú (Foto: Divulgação)
Na época o Bradesco também era líder no ranking (Foto Reproduão/Montagem/Tv Foco/Canva)

A privatização do BEMGE e sua incorporação pelo Itaú ilustram as mudanças profundas que ocorreram no sistema bancário brasileiro na década de 1990.

Enquanto o Itaú se consolidou ainda mais no mercado, os impactos para os clientes e funcionários do antigo banco estatal mineiro evidenciaram os desafios dessas transformações.

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Conclusões:

Em suma, o BEMGE, fundado em 1967, foi privatizado em setembro de 1998 e adquirido pelo Itaú, que pagou R$ 583 milhões.

Com a transição, o Itaú fechou agências e demitiu mais de 2.000 funcionários, deixando cerca de 300 mil pessoas sem acesso a serviços bancários.

Por fim, a aquisição fortaleceu o Itaú no mercado, mas impactou negativamente clientes e funcionários, marcando o fim de uma era no setor bancário mineiro.

Mas, para saber mais informações sobre demais bancos, clique aqui*.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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