A TV Cultura exibiu na noite desta segunda-feira (25) mais uma edição do programa Roda Viva. Como já fez com outros presidenciáveis como Ciro Gomes e João Amoêdo, a atração teve como convidada especial da noite a deputada Manuela D’Ávilla, do PC do B. O programa causou enorme repercussão nas redes sociais. Isso porque as páginas do partido nas redes sociais começaram a acusar a bancada de entrevistadores do programa de machismo. A justifica principal dos defensores dessa tese foi a de que Manuela foi bastante interrompida durante o programa. A própria Manuela, inclusive, resolveu adotar tal discurso e disse em entrevista ao site Catraca Livre que o machismo no programa é regra.
“É revoltante o que houve. Mas é assim todo dia com as mulheres, e não só na política: no trabalho, na universidade, em casa. Por isso não quero que pensem e tratem o que aconteceu como uma coisa excepcional. Até porque a palavra vem de exceção, né? O que aconteceu é a regra e não a exceção! É assim que nós mulheres fazemos nossa luta e vivemos nossa vida todo dia” disse ela ao site.
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Alguns dos participantes da roda que entrevistou a deputada rebateram a acusação de machismo. Uma delas foi justamente uma mulher, a jornalista da Jovem Pan, Vera Magalhães. Em participação no programa Morning Show, da estação de rádio, Vera afirmou que interromper e ser interrompido é essencial para que uma entrevista não vire um palanque eleitoral.
“Eu não vejo essa imputação de machismo, acho que isso é uma falsa polêmica. Manuela foi sim interrompida algumas vezes e interrompeu em algumas perguntas. Nas entrevistas aqui na Jovem Pan, as interrupções são a regra, as entrevistas têm sido bastante duras, bastante tensas e com muita contraposição. Foi assim com Jair Bolsonaro, com Guilherme Boulos, Ciro Gomes… todos eles homens”, disse ela.
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Entrevista é contraposição, é apontar contradições dos pré-candidatos. A pré-candidata teve muita dificuldade de explicar a relação de seu partido com o PT, a relação dela própria com o ex-presidente Lula… ela foi questionada por uma mulher sobre o fato de Lula ter feito declarações consideradas machistas e ela pôs panos quentes e foi condescendente com o Lula em relação a isso. Eu sou mulher, convivo em vários ambientes de maioria masculina, e eu quando quero falar eu tento me impor. Não no grito, mas na base dos argumentos e da ideia”, finalizou Vera.
https://www.youtube.com/watch?v=gbLOUtpW6KA
Joel Pinheiro da Fonseca também não concordou com a análise de Manuela e de grupos de esquerda sobre a entrevista. Em seu canal no YouTube, Joel também afirma que interrupções são normais em entrevistas políticas, e ainda considera machista a acusação de que interromper uma mulher é machismo.
“De fato, todos os entrevistadores ali no momento fazem interferências, fazem uma intervenção no meio da fala ou complementam uma pergunta no meio. E isso, notícia para quem caiu no mundo, é assim que uma entrevista realmente funciona. Algumas pessoas ainda trouxeram a coisa de que seria machismo interromper a candidata seria machismo. Machista é essa opinião”, iniciou o rapaz.
“Machista é achar que você deve tratar uma candidata como se fosse uma bonequinha de louça. Engraçado que tem uma hashtag a favor dela que diz #DeixaElaFalar, como se ela tivesse sido vítima de censura. Ela não precisa que deixem ela falar, ela fala o que ela quiser assim como falou o que quis no Roda Viva. Nosso papel enquanto entrevistador é ouvir e agir, daí sim fazer o debate. Mas não porque a gente deixa ela falar, ela não precisa da permissão de ninguém pra falar”, finalizou o colunista político.
Outro ponto polêmico foi a presença do ruralista Frederico D’Ávila na roda de entrevistadores do programa. Ele um dos coordenadores da campanha do deputado-federal e os dois trocaram farpas durante todo o programa. Os dois entrevistadores citados acima admitiram que esse foi um erro do programa, mas que Manuela soube desde o início de tal presença na atração.
Durante o programa, Manuela chegou a insinuar que era tratada com machismo por ser constantemente questionada se levará sua candidatura até o fim após pergunta feita por Vera Magalhães. A jornalista rebateu argumentando que candidatos como Henrique Meirelles, por exemplo, ouvem esse tipo de pergunta diariamente mesmo sendo homens.
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