Café, símbolo nacional que o brasileiro não larga nem na ficção, teve um aumento exponencial em 2025 – e esta é a razão.
Poucos hábitos traduzem tão bem o cotidiano do brasileiro quanto o ato de tomar café. A bebida extrapola o gosto: :
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- É cultura;
- É laço familiar;
- É rotina social.
Não importa o momento, ele está presente nos encontros, nos intervalos do trabalho e nos lares de todas as classes sociais.
E nem a ficção escapa: personagens de novelas, séries e filmes nacionais são invariavelmente retratados com uma xícara nas mãos, reforçando o papel quase cerimonial da bebida no imaginário coletivo.
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O café é um protagonista silencioso da vida nacional — indispensável e, para muitos, insubstituível.
No entanto, o valor do grão nos últimos meses se tornou não apenas motivo de crítica como até mesmo de espanto entre as gôndolas dos principais supermercados.
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Isso porque os valores, comparados aos praticados em anos anteriores como 2010, são de deixar qualquer um de cabelo em pé.
Assim, com base em cálculos divulgados nas principais mídias de economia e no perfil @Oguiadesupermercados no Instagram, a equipe especializada em economia do TV Foco aborda a seguir
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- O comparativo do quanto o pacote de pó de café custava em 2010 e o absurdo que você paga hoje.
- Além disso, traremos os motivos dessa alta e se há esperança do preço despencar ainda em 2025.
Um absurdo de caro!
Em 2010, um pacote de 500 gramas de café poderia custar até menos de R$ 4,00 nos supermercados
Inclusive, era possível abastecer a despensa sem comprometer o orçamento.
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Já em 2025, o mesmo produto chega a ultrapassar os R$ 15,00 em diversos pontos do país — e, em mercados especializados, o valor já passa de R$ 24,00.
Isso representa um aumento de mais de 400% em 15 anos.
Essa disparada expõe uma realidade difícil de ignorar …
Entenda por que o café ficou tão caro
O preço do café disparou por uma combinação de fatores econômicos e climáticos.
A inflação acumulada nos últimos anos teve papel decisivo, pressionando o valor de:
- Insumos agrícolas;
- Fertilizantes;
- Combustíveis;
- Transporte.
As secas severas em regiões produtoras como Minas Gerais e São Paulo, somadas a perdas sazonais de safras no Vietnã — outro gigante do setor —, impactaram a oferta global do grão arábica.
Além disso, o dólar valorizado nos últimos ciclos aumentou a atratividade da exportação, o que reduziu a disponibilidade de café para o mercado interno e empurrou os preços para cima.
Em 2025, a cotação da saca de 60 kg de arábica bateu recordes históricos, superando os R$ 2.300 — a maior alta registrada em quase três décadas.
O poder de compra mudou?
Apesar do aumento nominal do preço, o poder de compra do café se manteve relativamente estável nas últimas duas décadas.
Em questão de poder de compra podemos usar também usar o ano de 2010 como exemplo:
- Suponhamos que com café a R$ 5,00: R$ 510,00 / R$ 5,00 = 102 pacotes de café
- Já em 2025, com um salário mínimo de R$ 1.518,00 e preços médios em torno de R$ 14,00 por pacote de 250g, o número de unidades adquiridas continua similar — cerca de 108 pacotes.
Porém, o impacto psicológico da inflação e a alta dos alimentos em geral tornam a escalada dos preços do café motivo de indignação cotidiana.
MAS ATENÇÃO! A estimativa comparativa é apenas para destacar quantos pós de café valem um salário mínimo, obviamente que com os demais gastos e produtos, fica impossível comprar a quantidade analisada.
Muitos buscam alternativas — mas é preciso atenção
Com o aumento nos preços, consumidores estão recorrendo a marcas mais baratas, cafés solúveis e até cápsulas de menor custo.
Assinaturas mensais também vêm ganhando espaço, oferecendo variedade com preços mais controlados.
No entanto, especialistas alertam: é fundamental observar a qualidade do produto.
Economizar não pode significar comprometer a origem do grão, a data da torra, o tipo de moagem ou o processo de embalagem.
O mercado também vê crescimento de cafés regionais e de torrefações menores, que conseguem equilibrar preço e qualidade.
Ainda assim, nem toda oferta mais barata entrega uma bebida segura ou saborosa.
Ao trocar o tradicional por alternativas, o consumidor deve redobrar a atenção e aos selos de qualidade.
Isso sem falar na alta de casos de falsificação/adulteração, conforme podem ver por aqui*
Os preços das marcas de café irão cair?
A expectativa do setor é de que os preços se estabilizem apenas após a próxima safra, neste segundo semestre de 2025.
A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta uma leve retração na produção de arábica no Brasil — cerca de 4,4% a menos em relação ao ano anterior.
Com isso, a pressão sobre os preços deve continuar no curto prazo.
Analistas do setor indicam que qualquer queda expressiva só deve ocorrer a partir de 2026, dependendo das condições climáticas, da cotação internacional do dólar e da estabilidade nas exportações.
No varejo, portanto, o alívio no bolso ainda parece distante …
Conclusão
Em suma, o café continua sendo um item essencial na rotina do brasileiro, mas agora vem acompanhado de um peso maior no orçamento.
A escalada de preços desde 2010 reflete transformações profundas na economia e no agronegócio. Enquanto o mercado não se estabiliza, o consumidor deve buscar equilíbrio entre custo e qualidade.
Mas, mesmo diante da inflação, o país segue fiel ao seu ritual diário — com café passado na hora e esperança de dias mais leves.
Mas, se você quer saber mais curiosidades interessantes como essa, clique aqui*.