Brasileiros que costumam fazer depósitos de investimento na poupança precisam se atentar quanto ao que deverá acontecer nesta quarta-feira (18)
E essa semana começa decisiva e com os ânimos à flor da pele no mercado financeiro. Isso porque mais um veredito histórico do Banco Central, cujo qual afeta diretamente as poupanças, está para estourar nesta quarta-feira (18).
Isso porque, assim como nos Estados Unidos, hoje ocorre a “Superquarta” de 2024, nome dado para as quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros. E hoje o Banco Central está diante de uma decisão bem difícil:
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- Subir a Selic- taxa básica de juros ou mantê-la em 10,5% ao ano.
De acordo com o portal E-Investidor, a decisão por interromper os cortes de juros iniciados no ano passado está relacionado também a uma política monetária mais conservadora nos Estados Unidos e a indicação de um novo diretor do BC no Brasil.
No entanto, essa variação das taxas também afeta diretamente os investimentos em renda fixa, como as poupanças em todo o Brasil.
Entendendo mais sobre o assunto
Desde junho do ano de 2024, o COPOM do BC mantém a Selic no patamar atual na espera de novidades sobre os cortes nas taxas americanas pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano). Segundo a ata divulgada pelo Fed no dia 21 de agosto, a “vasta maioria” dos membros do colegiado espera que seja apropriado cortar juros na reunião.
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Além disso, a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central – para ser o novo diretor da autarquia foi visto como um otimismo no mercado em relação à Selic, como podem ver neste link*
Inclusive, ainda de acordo com o E-Investidor, ele ganhou um notável protagonismo ao defender em diferentes ocasiões que o BC não hesitará em subir a taxa de juros brasileira caso seja necessário.
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Os analistas do Itaú Unibanco dizem que enxergam um novo ciclo de alta de juros de 1,5 ponto porcentual, para 12% ao ano, até a reunião de janeiro de 2025, conforme o relatório publicado na última quinta-feira (12).
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Já Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora Investimentos, revelou com exclusividade ao E-Investidor que há argumentos para justificar ambas as escolhas e o mercado está em uma rara divisão.
Vale lembrar que no dia 09 de setembro, o Boletim Focus do BC mudou a estimativa de elevação nos juros em 2024 para 11,25%, mas grandes assets independentes já começam a projetar a Selic em 12% até dezembro.
Como a alta da Selic afeta a poupança?
Como mencionamos em matérias anteriores, para quem investe, o cenário da renda fixa é otimista, já que as aplicações tendem a render mais com uma Selic mais alta.
Porém, a poupança continua não sendo tão atrativa quando a taxa básica de juros, uma vez que ela opera em patamares de dois dígitos. Isso porque, desde o ano de 2012, após decisão do BC, a rentabilidade da poupança varia conforme o patamar da taxa:
- Ou seja, quando ela estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança corresponde a 70% da Selic mais a taxa referencial.
- No entanto, quando a Selic estiver acima de 8,5% a.a, a rentabilidade muda e passa para 0,5% ao mês mais a taxa referencial (TR), que geralmente opera perto de 0%.
Ou seja, o retorno líquido atual do investimento mais popular entre os brasileiros permanece não sendo os melhores. É importante destacar ainda que esse investimento não possui descontos de tributações ou taxas administrativas, além de ter garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Além da poupança, há outros investimentos que trazem maiores retornos aos investidores com uma Selic mais alta, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), ou Tesouro Nacional, por exemplo. É importante destacar que um planejamento financeiro adequado deve ser feito antes de qualquer aplicação, evitando problemas com as finanças pessoais.